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Corrêrão alguns dias nebulosos e enlutados após tantos dias alegres, felizes, perfumados de amores, de estremecimentos risonhos e de sonhos vaporosos. Resolveu-se Manuel a um passo atrevido. Não podia conservar-se n'aquella situação miseranda depois da anterior e aventurada posição. Sentio que a franqueza se tornava necessaria, qualquer que fosse o seu resultado.

Tu, lua, com teus raios vaporosos, Cobre-os, tapa-os e torna-os insensiveis, Tanto aos vicios crueis e inextinguiveis, Como aos longos cuidados dolorosos! Eu amarei a santa madrugada, E o meio-dia, em vida refervendo, E a tarde rumorosa e repousada. Viva e trabalhe em plena luz: depois, Seja-me dado ainda ver, morrendo, O claro sol, amigo dos heroes! These e Antithese

A geometria tem verdades nebulosas, objectos vagos, pontos de vista vaporosos. Por que dissimulal-o? Tem paradoxos; apparencias de contradicção, conclusões de systema e de concessão, opiniões de seitas, conjecturas e paralogismos»; a Buffon, finalmente, que ponderou que as verdades mathematicas se reduziam a entidades d'idéas, e eram baldas de realidade.

Vi duas vezes a mulher, em sonhos. Não sei porque, mas o sonho com a mulher que póde amar-se, essa casta idealisação em que o material do corpo não entra, faz que a gente accorde amando-a, revendo-a através da nuvem esvaecida do sonho, desfigurando-a por uns contornos vaporosos, que o leitor nunca viu, se Deus lhe fez o favor de lhe dar uma alma bem chata, do que lhe dou os meus sinceros parabens.

A palmeira cede ao primeiro impulso, e deixa-se ir, em doce voluptuosidade, embalada nos braços vaporosos do vendaval, que são os primeiros, e por ventura os unicos, que se estendem para ella. O roble cede apenas quando o tronco está corroido pelos vermes ou abalado pelas luctas da tempestade.

Oh chimera, que passas embalada Na onda de meus sonhos dolorosos, E roças co'os vestidos vaporosos A minha fronte pallida e cançada! Leva-te o ar da noite socegada... Pergunto em vão, com olhos anciosos, Que nome é que te dão os venturosos No teu paiz, mysteriosa fada! Mas que destino o meu! e que luz baça A d'esta aurora, igual á do sol posto, Quando nuvem livida esvoaça!

Mais longe offerecem-se os braceletes nos seus estojos côr de lilaz. Uns são fortes e duros como os violentos desejos, outros vaporosos e finos como aspirações platonicas. Nas suas variadas formas teem physionomias, revelam temperamentos. Ha-os lascivos e ardentes, colleados em quatro roscas de um ouro fulvo, terminando n'uma cabeça de cobra esmagada por um esbraseamento de rubi.

Mas o que eu detesto, são as canduras allemãs, os modos virginaes de creaturas que, pelo seu clima, pelo sol do seu paiz, pertencem ao que a vivacidade tem de mais petulante. Uma hispanhola, uma italiana, uma portugueza, caindo no missismo, e dando-se ares vaporosos, hypocritas e beatos, serve sempre para esconder um amante, quando não serve para esconder dois.

Deviam ser assim os olhos de Julieta, Quebrado o doce olhar em morna languidez, Quando vinha ao balcão falar ao meigo poeta, Ao classico Romeu do grande poeta inglês. E os seus olhos azues, dois sonhos sideraes, Eram na bella face alabastrina, as puras Emanações da luz astral dos Ideaes, Eram dois mares vaporosos de tonturas.

Era com elle que ella sonhava os mundos vaporosos, as visões seductoras d'uma existencia recamada de sorrisos, alastrada de flôres, embriagada de perfumes e cega por excessos de luz divina! Era elle quem tinha sempre um echo para as vozes do seu coração, um suspiro para cada anceio de sua alma, um gemido para cada ai, exhalado de seus labios, formosos, como rosa mal aberta!

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