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Cae o rival dos bebados antigos! Ó toneis immortaes abri-lhe o seio! São-me fataes as ceias de goraz! In vino veritas Quando eu morrer, ninguem lerá no craneo Se eu fui mouro ou judeu, Se presava o cognac ou o Madeira, Que soffrer foi o meu! Ninguem dirá se era trigueiro ou louro, Se eu fui Pope ou Camões, E os sabios não dirão, coçando a calva, A côr dos meus calções.

Fazem concilio os bebados de porte, Oppõe-se aos Bagulhentos Pedro ingente; Favorece-os o Catigela forte, No Lamarosa tem seu lava-dente. De inveja Lyeo lhes busca a morte, Descendo a Monte-mór contra esta gente, Que em rio Mourinho a acção traidora, E a Peramanca chega vencedora.

Tanto que alvoreseu, logo no campo As trombetas orrísonas bramáraõ; Cujo som de mistura c'o alarido, E roucos atabales largo espaso Os muros fes tremer, e a gran Cidade Soberba fundasaõ do Grego errante. Ja promto o Talaveiras aguardava De Cilenio o preseito a pôr por obra. Na frente de seus bebados soldados Corajozo se avansa: róxa altiva Que as vagas sem pavor mujindo escuta.

Deixo, bebados, toda a fama antiga Que dentro em Lisboa uns alcançaram, Quando com dez Tudescos n'uma briga No nosso officio tanto se afanaram. Tambem deixo a memoria que os obriga A grande nome quando se tomaram C'um soldado Hollandez, c'um Biscainho, Quando a carga do frasco era vinho.

Partiu-se n'isto André, sem companhia Dos bebados que tinha despedido, Com engano seu e grande cortezia, O gesto ledo a todos e fingido. sobre seu asninho se subia Com vinho de que ia apercebido, E quando se desceu no aposento Não levava a borracha mais que vento.

Lobossi mandou-me seis bôis, cuja carne foi tôda furtada pêla gente d'elle, porque a minha estava longe construindo o acampamento, e Augusto, Verissimo e Camutombo completamente bêbados, não quizéram saber d'isso. No dia immediato, Lobossi veio visitar-me logo de manhã; eu estava um pouco melhor, mas a febre era constante e não queria ceder aos medicamentos.

Teme agora que seja sepultado Seu tão celebre nome em negro vaso D'agoa do esquecimento, se lhe chegam Os bebados insignes que navegam. Sustentava contra elle o Catigela, Affeiçoado á gente bebedana, Por quantas bebedices vira n'ella, Jantando em Alcochete uma semana.

Desde que uma noite em Coimbra, no Choupal, dous bebados me assaltaram, ando sempre á cautella com o revólver... Pense você agora que desgraça se tiro o revólver, se desfecho!... Que desgraça, hein?... Felizmente, n'um relance, pensei que me perdia, que o matava, e fugi. Foi por isso que fugi, para não desfechar o revólver... Emfim tudo passou. E eu não sou homem de rancores, esqueci.

Vão mulheres perdidas e a Rata, a tossir, vae o Astronomo, e na frente d'um caixão de passarito, comboiando a turba, marcha o gato pingado, de brandão em punho, chapeo alto e casaca a esvoaçar... A que irão elles deitar fogo na noite tragica, de lama e chuva? Mulheres perdidas, ralé, o velho tisico... Na volta vêm decerto a cahir de bebados.

Eu não quero crêr que operasse n'estas creaturas o espirito liberal e revolucionario, mas sim, como o a entender o grande escriptor citado, vestigios das bebedeiras de terça-feira de entrudo. Sebastião José de Carvalho, esse illuminado, viu na revolta dos bebados um attentado contra a pessoa do rei, um crime de lesa-magestade, um protesto contra os irrevogaveis decretos do seu real amo.