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Huma traidora, Huma féra, huma ingrata, inda que bella, Não merece a paixão, que tens por ella. Pondera, que não foste injuriado De seu duro desprezo inesperado, Que o feminil capricho extravagante Não te deslustra o mérito brilhante.

Amor, fingindo dotar-te, Te poz, com traidora mão, Junto dos dentes de neve, Faces tintas de carvão; Inda que ancião pezado, Desprézo teus vãos intentos; Debaixo de murchas cans Nutro altivos pensamentos. Vejo a quebrada madeixa tornada em gêlo frio; Tudo o tempo me levou, Mas não me levou o brio.

O pesinho estreito e breve Cinturinha delicada, A fronte um pouco inclinada, Com seu ar sentimental. Na ramagem das pestanas Occulta a traidora chamma, Que no instante em que se inflamma Dardeja um raio mortal. Mas que morte tão suave!

Accusei-te mil vezes de fingida, De que a elle querias vêr-te unida Em laços de Hymenêo; mas tu negaste Sempre o que hoje sem pejo declaraste. Traidora! Eu não dizia, eu não jurava, Que o meu socego ao teu sacrificava! Ah! Porque me não déste o desengano, Que eu te pedia, Coração tyranno?

Deus não dispara a setta envenenada Á pombinha que aos ares despedira Com mão traidora e vil. Imagem sua, Deus não volve ao nada, Não aniquila a flôr que ao chão cahira d'esse eterno abril.

Chamma que ás vezes traidora, Se occulta na sombra escura, Á espera que chegue um'hora, Hora de morte ou ventura!, Em que possa deslumbrar, Com mais fogo e com mais vida, O desvairado que ousar, Miral-a sem recear, Pela ver assim sumida! Terminou?... e eu que julgava Cobrir-me de eterna gloria, Quando tanto me esmerava Na minha copia ideal! Abril de 1859.

A boa senhora caiu no laço, e, córando pudicamente, principiou a narrar-lhe aventuras não menos suppostas, porque os namoros que obtinha desfaziam-se sempre á luz traidora do dia, quando o desgraçado pretendente, fazendo sentinella á porta da casa, via a dois passos de distancia os encantos que o haviam fascinado da altura d'um segundo andar.

Laura... Eliza... mil encantos; Emfim, não sei qual prefiro, Não sei a que mais admiro, Sei que adoro a todas tres! Setembro de 1857. Vai-te, oh! vai sombra mentida, Para nunca mais volver! Vai-te, deixa-me na vida, Que esse teu estranho ser, Fatal sempre me tem sido, Fatal sempre me ha de ser. Qual era a traidora mão Que para ti me impellia?

A hum Leigo, que era vesgo, e que nunca teve fastio; e a quem por acazo tocou na cabeça a ponta de hum espadim. Ferio sacrilega espada, Alçada por mão traidora, Cabeça, que sempre fôra aos Barbeiros vedada; D'entre a grenha profanada Corre o sangue á terra dura; Tosquiou-se a matadura; E o casco rebelde a ordens, Precizou destas desordens Para ter Prima Tonsura.

Queira tirar a mascara traidora E mostrar ante mim e esta senhora Como a deshonra n'este lar se fez E abunda por aqui aos pontapés!... Arminda E porque não, indigno cavalheiro! Porque não hei-de, em modo sobranceiro, Indicar-lhe o que pede no momento? Porque não hei-de dar conhecimento Ao que exige em palavras que são Proferidas p'la bocca d'um villão!

Palavra Do Dia

vagabunda

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