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Tomou um quarto no Hotel Mondego, onde o servia, de gravata branca, um velho creado de Santa Ireneia, o Bento: e os seus companheiros preferidos foram tres ou quatro rapazes que se preparavam para a Politica, folheavam attentamente o Diario das Camaras, conheciam alguns enredos da Côrte, proclamavam a necessidade d'uma «Orientação positiva» e d'um «largo fomento rural», consideravam como leviandade reles e jacobina a irreverencia da Academia pelos Dogmas, e, mesmo passeando ao luar no Choupal ou no Penedo da Saudade, discorriam com ardor sobre os dous Chefes de Partido o Braz Victorino, o homem novo dos Regeneradores, e o velho Barão de S. Fulgencio, chefe classico dos Historicos.

Mas de tarde eu desforrava-me passeando no Choupal, na Estrada da Beira e, não poucos dias, no Mondego. A convivencia não podia ser melhor. Havia examinadores do Porto, de Lisboa, e de Coimbra. Acompanhavamo-nos uns aos outros nos passeios de todas as tardes.

Explicou a interferencia que a Carbonaria certamente poderia ter tido na agitação da população conimbricense, a frequencia das reuniões no Choupal, estrada da Beira e para os lados de Santa Clara, em recantos ignorados da policia e dos espiões monarchicos e explicou... outras coisas mais.

Emquanto aos srs. viscondes do Seiçal e João José de Mello, estamos certos de que não deixaram ficar a côrte endividada com a patriotica manifestação dos rouxinoes do Choupal.

E a lua ja roça as cumiadas do monte, e pouco a pouco se enterra por elle abaixo... ahi ficam agora na escuridão as margens do Mondego, tão saudosas como amante feliz na hora de um adeos, sellado com beijos... ahi se empoleiram as auras pelas hasteas do choupal, cançadas de abraçar a roxa fronte das violetas... não se lhe escuta o frémito das azas nos seus brincos innocentes.... faz-se um silencio longo em toda a natureza... e as rãs veladoras continuam na voz unisona e aguda o hymno da creação!

Viamos a ridente collina de Villar coberta de verdura e coroada pelo Palacio de cristal; os copados bosques do Candal e de Valle de Amores; o caes da Ribeira com a sua arcaria denegrida e o seu pittoresco mercado de velhas barracas alpendradas brunidas pelo sol; a ingreme ladeira da Corticeira; o parque das Fontainhas; a casaria emassada das freguezias da Se e do Bomfim, com os seus predios esguios, terminando quase em pignon como na Hollanda: uns bem aprimados, tesos, vidrosos, reluzentes, forrados de faiança, outros barrigudos, sombrios enodoados, fazendo fincapé para não cambalearem como ebrios taciturnos; outros, ainda, pintados de branco, pintados de azul, pintados de côr de rosa, com chaminés bordadas e claras-boias phantasistas rematadas por trabalhosas ventoinhas, jocundos, satisfeitos de si, rindo pelas sacadas abertas ornadas de craveiros e de alecrins; depois, de valle em valle, os lindos suburbios de Riba Douro: o choupal do Areinho, as espessas e murmurosas frescuras das quintas de Quebrantões, da Oliveira, da freguezia de Avintes; a bahia do Freixo, onde o rio tem a configuração de um pequeno lago circular dominado por um elegante palacio Luiz XV, de torreões e eirados senhoriaes, cuja elegante escadaria exterior mergulha venezianamente na agua.

Luiz Bastos, traz-nos retalhos d'essa linda Coimbra a cidade dos Bachareis, apanhados em estudos varios do Choupal, do Rio Mondego, de Santo Antonio dos Olivaes, etc. Alguns feitos com mestria. Na arte applicada, Jorge Collaço, o distincto caricaturista do Supplemento de O Seculo.

Desde que uma noite em Coimbra, no Choupal, dous bebados me assaltaram, ando sempre á cautella com o revólver... Pense você agora que desgraça se tiro o revólver, se desfecho!... Que desgraça, hein?... Felizmente, n'um relance, pensei que me perdia, que o matava, e fugi. Foi por isso que fugi, para não desfechar o revólver... Emfim tudo passou. E eu não sou homem de rancores, esqueci.

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líbia

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