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E diz: Ó bebado alto, a cujo imperio Os vinhos obedecem que encerraste, Se aquelles que em ti buscam refrigerio, Cujo beber soberbo tanto amaste, Não queres que padeçam vituperio, Pois que esta adega hoje lhe mostraste, Não ouças mais, pois bebado és direito, A quem em bebedices é suspeito.

Teme agora que seja sepultado Seu tão celebre nome em negro vaso D'agoa do esquecimento, se lhe chegam Os bebados insignes que navegam. Sustentava contra elle o Catigela, Affeiçoado á gente bebedana, Por quantas bebedices vira n'ella, Jantando em Alcochete uma semana.

Ouvi, que não vereis com vãs façanhas Fantasticas, fingidas, mentirosas, Louvar os vossos, como nas estranhas Musas, de engrandecer-se desejosas: Bebedices dos vossos são tamanhas, Que excedem as sonhadas fabulosas, Que excedem ao primeiro vinhateiro, E a Baccho inda que fôra verdadeiro.

Tambem as bebedices mui famosas D'aquelles que andaram esgotando O imperio de Baccho, e as saborosas Agoas do bom Louredo devastando; E os que por bebedices valerosas Se vão das leis do reino libertando; Cantando espalharei por toda a parte, Se a tanto me ajudar Baccho, e não Marte.

Está do Fado determinado Que em tantas bebedices tão famosas Se tenham d'estes bebados achado, As suas taças sempre victoriosas; E eu Baccho tão sublime e tão honrado Bebado, e mais de partes tão honrosas, Hei de soffrer que o Fado favoreça Outrem por quem meu copo se escureça?

Cessem do Novellão, do gran Barbança As grandes bebedices que fizeram; Cale-se do Rangel e do Carrança A multidão dos vinhos que beberam, Que eu canto d'outra gente e d'outra lança, A quem frascos de vinho obedeceram: Cesse tudo o que a musa antiga canta, Que outro beber mais alto se alevanta.

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