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Pois que esperava elle de mim agora, de mim que ousei declarar-me escriptor n'estas eras de romantismo, seculo das fortes sensações, das descripções a traços largos e incisivos que se intalham n'alma e entram com sangue no coração?

E, para o caso de que o publico falte, redige elle mesmo a informação da agonia do Artista, passada, esclarece, entre sujidades! Ora eu não sei de outra hora tão extranhamente infeliz para um escriptor!

A critica tornou-se uma especie de romance historico, muito mais interessante que os romances da imaginação. Para conhecermos os homens, e d'entre os homens o escriptor, quer dizer, aquelle que mais deve ter condensado em si todas as energias intellectuaes do seu seculo pegamos nos seus livros e analysamos miudamente, scientificamente, anatomicamente essas creações vivas que elle nos legou.

De cada uma das maneiras do escriptor eu queria dar idéa, transcrevendo um trecho que lhe correspondesse, mas não será melhor que cada leitor procure na obra tão complexa e tão variada, aquillo que melhor quadre ao seu gosto especial, á sua concepção artistica, á indole do seu espirito...

«Ah! elle diz que ha um escriptor chamado Perinaldo, que lhe foi de inexcedivel auxilio? que ha um Pozada Arango, etc., de quem extrahiu as proprias palavras, ás vezes, ou sentenças? que para este ramilhete colheu d'esses livros muitas flôres, e as mais preciosas? Ora, copiosas flôres, colhidas de livros, não podem ser rosas, nem malmequeres, são forçosamente paginas.

O futuro biographo de Ramalho Ortigão terá, no entanto, de responder a algumas perguntas indispensaveis respostas para o integro conhecimento do espirito d'este illustre morto que não deixarão de levantar-se-lhe ao compulsar a sua obra de escriptor e de homem.

Lembro-me d'um! apostrophou o snr. José Gomes Monteiro. Qual? Um escriptor da mesma epocha e cuja individualidade litteraria não deixa de ter seus pontos de contacto com Gil Vicente... Chama-se? Rabelais. Muito bem!

Em novo, é o dinheiro judeu que lhe paga as suas dividas; depois é a influencia judaica que lhe a sua primeira cadeira no parlamento; é a ascendencia judaica que consagra o exito do seu primeiro ministerio; é emfim a imprensa nas mãos dos judeus, é o telegrafo nas mãos dos judeus, que constantemente o celebraram, o glorificaram como estadista, como orador, como escriptor, como heroe, como genio!

A obra do sr. Corvo não se limitou, porém, ao romance. Elle foi dramaturgo, jornalista, poeta, estadista e academico. Em todas estas espheras de acção firmou creditos inabalaveis de homem eminente. Como escriptor nunca lhe ouvi notar senão um defeito: não ter orthographia. Mas a orthographia é como a belleza: nem toda a gente tem a mesma opinião a respeito de uma e outra.

A expropriação publica não é mais do que uma troca regulada, como todos os valores, pelo preço do mercado. O que me parece ineluctavel, sr. visconde, á vista destas ponderações, é que o escriptor, ao mesmo tempo homem de trabalho e evangelisador da civilisacão e do progresso, exerce na terra um duplicado mister. Na feitura de um livro ha dous phenomenos distinctos: um material, outro immaterial.