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"Por mercê, senhora, exclamou elle n'um trance horroroso de angustia mandae-me açoutar como o mais vil servo mouro: mandae-me rasgar as carnes com os mais atrozes tormentos; mas perdoae a meu velho pae, que não tem culpa da pobreza de seu filho. Se eu tivera ou podéra alcançar mais que as duas mil dobras e as quinhentas barbudas que offereci a meu senhor elrei..."

Queria o ambicioso da Corsega, como um dos conquistadores do paiz da aurora, açoutar as vagas indomitas e enfurecidas do oceano nas extremas do occidente. Napoleão ia decretar, no seu olympo de Fontainebleau, que a dynastia de Bragança cessára de reinar, e sentia-se , pelo silencio da noite, o ruido pavoroso da marcha compassada dos legionarios das Gallias.

A mulher disse nome que lhe valeu de João Bispo um murro, que levava a força proporcional á raiva que lhe causára a abelhuda comadre, insultando Garifa. Olhem o maldito! gritaram duas companheiras da aggredida. Onde está a justiça? Que faz o senhor bispo que o não manda açoutar bem açoutado? E attreve-se em rosto do senhor Tello...

Rezará o mesmo á honra de quando levárão o Senhor segunda vez a casa de Pilatos, puxando-lhe cruelmente pela corda, e dando-lhe empuxões. Terça feira. Rezará o mesmo á honra da dôr, que o Senhor teve, quando defendendo-o Pilatos da morte, não o pôde conseguir, e o mandou açoutar cruelmente. Quarta feira.

Tãobem se deve ter em vista que estes centros do cerco não tenhão matto muito forte, pelo perigo que ha dos caçadores atirarem direito uns aos outros sem se vêrem, mas sim ser o terreno de charneca ou matto curto e sufficiente a que os lobos vão para ali de vontade julgando poderem-se esconder ou acoutar.

Quem foi, Garifa, quem foi? Deixa-me, João. O nome desse homem!... o nome desse homem! Não, não posso. Não pódes?... Não, não posso: dizer-te o nome era fazer-te açoutar ámanhã no pelourinho... era matar-te... Ayres Gonçalves... Henrique Fafes!... gritou João Bispo. Não... não m'o perguntes... Qual delles, Garifa; qual delles? Affonso Darga? Ninguem!

E no fim d'este anno de mil e quatrocentos e quarenta e nove, certos moços christãos por travessura fizeram algum mal, ou sem razões a alguns judeus que andavam na ribeira de Lisboa, sobre que se agravaram á justiça e ao doutor João d'Alpoem, que era corregedor, o qual provendo sobr'isso, mandou publicamente açoutar alguns d'elles, de que algum povo meudo e a voltas d'elle outras gentes que eram na cidade, assi se escandalizaram dos judeus, que sem mais outro acordo nem conselho, antes com grande onião e alvoroço, dizendo matalos e roubalos, cometeram a judaria pela porta que vem ao poço de Fotea, e a roubaram toda até o Poio, em que dos judeus que supunham em resistencia houve alguns mortos, ao qual insulto logo acudiram com muita força os officiaes da justiça, e principalmente D. Alvaro conde de Monsanto, que com suas forças atalharam o mais roubo e dano que se determinava fazer.

E sendo outra vez trazidos ante o dito Principe, e com tanta constancia os visse prégar, e confessar a Catholica, e reprovar, e reprehender com muita ouzadia as couzas de Mafamede, e sua seita, acezo da ira contra elles os mandou logo atormentar com muitas, e mui desvairadas maneiras de tromentos, e depois apartar uns dos outros, e em desvairadas cazas onde cruamente os mandou açoutar, e aquelles maos, e crueis ministros atados os pés, e as mãos dos Santos, e com cordas asperas lançadas aos colos delles, e arrastando-os de uma parte a outra pela terra, assi continuadamente, e tão sem piedade os açoutavam, que as tripas lhe apareciam, e sobre as chagas recebidas por acrescentarem mais dor lhe lançavam vinagre, e azeite fervendo, e assi foram por toda a noite atormentados, e açoutados de trinta Mouros, que nelles se arrevezavam, na qual noite daquelles que os guardavam foi visto, que um grande resplandor decendia dos Ceos, e com uma companha sem conto os arrebatavam, e levantavam para cima, e maravilhados desso os Mouros, e de todo espantados, chegando ao corcere acharam os Santos Frades devotamente orando.

O auctor declara exorbitantes os direitos do patrono sobre o cliente entre os wisigodos: 1.^o a perpetuidade do patronato e clientela de paes a filhos: 2.^o a tutela das filhas do cliente passando por morte d'este ao patrono, e perdendo ellas os bens herdados havidos do patrono por seu pae, se casavam com individuo de condição inferior: 3.^o pertencer ao patrono o que o cliente adquiria com seu saião ou agente judicial: 4.^o perder o cliente que trahia o patrono quanto d'elle houvera, e metade do que afóra disso adquirira: 5.^o ter o patrono o direito de julgar, castigar e açoutar o cliente.

Este bispo D. Affonso era ainda o mesmo a quem elrei D. Pedro, dizem, quizera açoutar por sua própria mão em consequencia de elle haver commettido adulterio com a mulher de um honrado cidadão, historia miudamente narrada por Fernão Lopes chronica daquelle rei, e que nós não sabemos dizer até que ponto seja verdadeira. D. Rodrigo da Cunha, suppõe que o bispo, corrido desta aventura, escandalosa não pelo delicto, trivialissimo no clero daquelle tempo, mas pelo ameaçado castigo, cousa inaudita antes e depois de D. Pedro, saíra do bispado e nunca mais voltára ao Porto, posto que ainda vivesse pelo menos até maio de 1732, como se do catalogo chronologico dos bispos portuguezes, por J. P. Ribeiro. Esta opinião, que assenta n'um argumento negativo a falta de noticias desse prelado nos documentos consultados por D. Rodrigo da Cunha, posteriores aos eminentes açoutes é desmentida pelo testemunho de Fernão Lopes, no cap. 49 da chronica de D. Fernando, que fez presente D. Affonso á renovação das pazes d'Alcoutim, juradas no Porto em 1371.

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