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Pavel Alexandrovitch tem escutado com pasmo semelhante confissão: latejam-lhe as palpebras, esforça-se por comprehender. Qual seria a mãe, sim! diga !... pergunta elle, em conclusão. Mas cae em si, acto continuo, e: Canta lindamente, Maria Alexandrovna, mas tinha-me dado a sua palavra, tinha-me alentado a esperança... Como posso eu supportar semelhante coisa?

Não faltava mais nada!" Será verdade. Pavel Alexandrovitch, que está reformado... das suas funcções? arrisca a atrevida da Felissata Mikhailovna, a olhar para elle, ironica. Reformado? Reformado de quê? Fui apenas transferido; tenho o meu logar em Petersburgo, responde com secura Mozgliakov. Ainda bem! E desde o felicito; continua a Felissata Mikhailovna.

Maria Alexandrovna ri ás gargalhadas e bate palmas; Pavel Alexandrovitch faz côro: acha immensa graça ao tio. A Nastassia Petrovna ri tambem; e a propria Zina um ar de riso. Mas que graça, principe! que alegria! exclama Maria Alexandrovna. Que preciosa faculdade de observar ridiculos... E desappareceu o senhor da sociedade!

A minha resposta será a mesma que lhe dei: espere. Repito-lhe, ainda não estou resolvida, não lhe posso prometter o ser sua mulher... Não é coisa que se obtenha por exigencia, Pavel Alexandrovitch; mas, para o tranquillizar accrescentarei que o não rejeito definitivamente. E comtudo, note que, se o deixo esperar uma decisão favoravel, é por da sua inquietação.

E a mim que me importa? responde Maria Alexandrovna, a desfechar as palavras por cima do hombro a madame Ziablova. Como se me interessasse o que poderá pensar Anna Nikolaievna! Tenho a certeza em como não serei eu que mande seja quem fôr á sua copa. E demais, fique sabendo, muito me admiro de que me façam passar por inimiga da Anna Nikolaievna, coitada! Pois é opinião corrente em Mordassov. Ora seja juiz, Pavel Alexandrovitch. Conhece-nos a ambas: por que é que eu havia de ser sua inimiga? Para lhe disputar a supremacia? Sou indifferente a essas coisas! Ella que seja a primeira, eu lhe irei dar os parabens! Emfim, é injusto, e quero defendêl-a.

Pavel Alexandrovitch desenvencilha-se dando ao diabo a cainçada e o destino e, com a aba do casacão esfarrapada e uma indefinivel tristeza na alma, se vae arrastando até á esquina da rua. Ali, percebe que vae perdido.

Para maior clareza, consinta-me uma leve digressão. A Zina ama-o, é incontestavel Mas tenho notado que, a despeito do seu manifesto amor, o caracter de Pavel Alexandrovitch, as suas aspirações lhe tem incutido uma tal ou qual desconfiança. Por vezes, e como que de caso pensado, contêm-se, é fria para com o senhor. Eis o resultado das reflexões que a levaram a desconfiar.

Deve de ter muita imaginação, rico tiozinho. Muita, meu caro. Ás vezes, acontece-me imaginar coisas de que eu proprio fico pasmado. Quando eu estava em Kadnievo... A proposito, tu não foste vice-governador em Kadnievo? Eu, tiozinho? Que está dizendo! Pelo amor de Deus! exclama Pavel Alexandrovitch. E eu a confundir-te com elle...

Pois não reparou tambem n'isto que lhe estou dizendo, Pavel Alexandrovitch? Reparei, sim, hoje ainda. Mas que quer dizer com isso, Maria Alexandrovna? Bem , o senhor foi o proprio a reparar n'isso: logo, não me enganei. E acima de tudo, foi a estabilidade do seu caracter, a sua constancia o que mais duvidas lhe incutiu. Sou mãe, e não havia de conhecer o coração de minha filha!

Ai, meu Deus! Pavel Alexandrovitch! exclamam diversas vozes. Ai, meu Deus! Mas é o Pavel Alexandrovitch! E a senhora a dizer-nos, Maria Alexandrovna, que elle a estas horas devia estar em casa do Borodoniev? E a dizerem que estava escondido, Pavel Alexandrovitch, em casa do Borodoniev, ladra Natalia Dmitrievna.

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