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Atualizado: 18 de junho de 2025
Se assim é,... é uma infamia! murmurou Pavel Alexandrovitch, esparvoado, fitando olho a olho a Nastassia Petrovna... Mas escute! Vae ouvir o bom e o bonito!... Escutar onde? Debruce-se se ali n'aquella frincha da porta. Mas... Nastassia Petrovna, eu sou lá homem que me ponha a escutar ás portas?! Emprega bem o seu tempo! Aqui, meu paezinho, é preciso metter a honra na algibeira.
Embriagámo-nos, eu, puz-me a cantar e a fazer tregeitos na sua presença com sentido em o saquear, conforme se expressou ha pouco Pavel Alexandrovitch, para lhe roubar a sua fortuna e o seu titulo. Era ignobil! E peço-lhe perdão! E comtudo, juro-lhe, principe... que a minha intenção... O que eu queria era... mas é duplicar a injuria o estar a procurar desculpas.
A respeito de Mordassov, nem palavra e foi como se tal coisa não existisse, em conclusão, proferiu o nome de um qualquer principe estranho ao Mozgliakov, voltou-lhe as costas sem affectação, dirigindo-se a uma personagem graúda de cabello grisalho e aromatizado, e d'ali a instantes, dir-se-hia haver-se esquecido de todo de Pavel Alexandrovitch, que ficou para ali com cara de tolo, diante della.
Tomo as suas palavras como mera brincadeira, Pavel Alexandrovitch; mas, ahi vem o principe, graças a Deus! Eu... c... cá... es... tou, guincha o principe ao entrar.
Pavel Alexandrovitch estava encantado. Envergara a sua casaca petersburguense, com a qual contava para produzir immenso effeito, e deu entrada nas salas nobres com modo desassombrado. Não tardou porém a perder o aprumo em presença de tanta dragona de cachos e de tanta farda enfeitada de commendas. Cumpria-lhe ir fazer a sua venia á esposa do governador, nóva, diziam, e formosissima.
A senhora, então, procede desse modo, por amizade para com o principe... á laia de irmã de caridade? commenta o ironico Mozgliakov. Comprehendo essa sua pergunta, Pavel Alexandrovitch, é clarissima. Suppõe que estou fazendo uma confusão jesuitica dos interesses do principe com os meus.
Os santos me perdoem: apanhei um susto... vi as estrellas ao meio dia, eu esperava lá!... eu es... pera... va lá!... E tudo aquillo, por culpa do meu cocheiro, do Pamphilio: entrego-te este negocio, meu amigo, has de tratar do inquerito... Estou convencido de que attentou contra a minha vida! Muito bem! muito bem, tiosinho! responde Pavel Alexandrovitch, fica a meu cuidado.
Aproxima-se, muito senhor de si, mas de subito, escancara a bôca, e fica pregado ao chão, de assombrado. Com um sumptuoso vestido de baile, surge-lhe na frente a Zina, feraz, soberba, linda, e resplandecente de joias, toda ella. Nem conheceu o Pavel Alexandrovitch, os seus olhos nem se detiveram sequer no semblante de mancebo.
Que tal lhe pareceu? exclama Pavel Alexandrovitch, á gargalhada. Maria Alexandrovna perde de todo a paciencia. Eu não o entendo, na verdade, não posso comprehender de que é que se ri! começa ella com animação. Rir de um ancião respeitavel, de um parente! Rebentar a rir a cada palavra que elle solta da bôcca! Abusar d'aquella bondade evangelica! Tenho até vergonha de o ouvir, Pavel Alexandrovitch!
Estou tão contente, Pavel Alexandrovitch, (dir-se-hia pipilar) que estou capaz de gritar da janella abaixo o meu contentamento a quem passa pela rua. Sem falarmos da agradabilissima surpreza que nos proporcionou, a mim e á Zina, com vir quinze dias mais cedo do que o esperavamos.
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