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Se assim é,... é uma infamia! murmurou Pavel Alexandrovitch, esparvoado, fitando olho a olho a Nastassia Petrovna... Mas escute! Vae ouvir o bom e o bonito!... Escutar onde? Debruce-se se ali n'aquella frincha da porta. Mas... Nastassia Petrovna, eu sou homem que me ponha a escutar ás portas?! Emprega bem o seu tempo! Aqui, meu paezinho, é preciso metter a honra na algibeira.

Maria Alexandrovna sabe que a Nastassia Petrovna é velhaca, pouco delicada, de poucos escrupulos, e muito capaz de escutar ás portas. N'este momento, comtudo, Madame Moskalieva está tão preoccupada, que se descuida de toda e qualquer cautélla. Senta-se n'uma poltrona e despede significativa olhadela á Zina. E a Zina a sentir o pêso d'aquelle olhar. Dá-lhe um pulo o coração! Zina!

"Foi uma fortuna carregar com elle o demonio! Que estou dizendo, foi o proprio Deus que veiu em meu auxilio." Pavel Alexandrovitch estava no vestibulo a enfiar a chuba, eis que rompe por alli dentro, saída não se sabe d'onde, a Nastassia Petrovna. Aonde vae? diz, agarrando-o pela mão. A casa do Borodoniev, Nastassia Petrovna, a casa do meu padrinho. Coube-lhe a honra de me baptizar.

Maria Alexandrovna ri ás gargalhadas e bate palmas; Pavel Alexandrovitch faz côro: acha immensa graça ao tio. A Nastassia Petrovna ri tambem; e a propria Zina um ar de riso. Mas que graça, principe! que alegria! exclama Maria Alexandrovna. Que preciosa faculdade de observar ridiculos... E desappareceu o senhor da sociedade!

Obedeceu Nastassia Petrovna. Á saída, olhou para Maria Alexandrovna e percebeu que estava animadissima a digna senhora. Em vez de ir vigiar o tratante do Nikitka, Nastassia Petrovna dirige-se a uma saleta contigua, d'alli, enfiando pelo corredor, vae ao quarto, e esgueira-se para um cubiculo de despejos, atulhado de bahús, de vestidos velhos e de roupa suja de toda a familia.

Pois se , não deixar escapar a occasião!... E demais... eu se o fiz foi por ser generosa, pois ainda tive que fazer despêsa... Eu te direi! Hei-de-lhes fazer ver a ambas se sou uma pécora ou se o não sou! Hão de aprender a lidar com a Nastassia Petrovna!" Maria Alexandrovna, comtudo, deixava-se arrastar pelo proprio talento. Concebeu um plano grandioso quanto audaz.

O principe beija as pontas dos dedos á Zinaida. O jantar! O jantar, principe! Demore-se o menos que puder! brada Maria Alexandrovna deitando a correr atráz d'elle. Nastassia Petrovna, não seria mau ir deitar a sua rabisáca pela cozinha, disse ella apóz de haver acompanhado o principe. Palpita-me que aquelle traste do Nikitka é capaz de se tomar da pinga e deita-nos a perder o jantar.

Mas, e esse chá! esse chá! Ah! meu Deus! Nastassia Petrovna, o chá! Obrigado... ô ôbrigado!... sou cul... cul... pado... gaguejou o principe. Cul... culpado! Ora imagine que, o anno passado, quiz abs... absolutamente vir aqui, acrescentou a mirar a casa através da luneta. Mas tinham-me mettido medo: disseram-me que por aqui andava a ... cólera...

Comia pouco, estava muito preoccupado, a pensar; e, coisa que raras vezes lhe succedia, Maria Alexandrovna estava inquieta. A Nastassia Petrovna, mazomba, fazia ás escondidas signaes ao Mozgliakov e este sem dar por tal. A não serem Maria Alexandrovna e o principe, haveria descambado em jantar de enterro.

Não lhe cuidado a minha pessoa, Maria Alexandrovna, estou sciente de tudo, de tudo! guincha com a voz de pipia a Sofia Petrovna, á qual fazem cêrco as visitantes, que não cabem em si de contentes com o escandolozinho. Estou informada de tudo e foi a sua Nastassia quem m'o pespegou, tim-tim por tim-tim!

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