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Repito-lhe que quero tomar em plena liberdade a minha decisão, e se eu em conclusão lhe declarar que o rejeito, nem por isso depois me deve increpar por lhe ter dado esperanças. E fique isto assente por uma vez! Mas então, então! exclamou Mozgliakov em voz de mais em mais supplice, será isso uma esperança? Poderei fundar uma qualquer esperança n'essas suas palavras, Zinaida Aphanassievna?

Mas hei de provar-lhe, Zinaida Aphanassievna, que hei de saber tornar-me um homem de bem!... Saiba que o enganei tiozinho! Fui eu, fui eu que o enganei! O tio não estava a sonhar, e pediu effectivamente a mão de Zinaida Aphanassievna! Quando lhe disse que fora sonho, enganei-o de meio a meio... Mas que coisas tão espantosas que estão vindo a lume! assobia a Natalia Dmitrievna.

Na realidade, não direi que não tenha ouvido uma romança, canta tão bem a Zinaida Aphanassievna! Acordar-lhe-hia reminiscencia dos seus bons tempos de outrora, dos instantes ditosos, talvez que da tal viscondessa com quem o tio cantava tambem, algum dia, romanças e á qual se referiu esta manhã.

Zinaida Aphanassievna!!! Zina! Zina! Minha filha! Sou um miseravel, Zinaida Aphanassievna, um miseravel, e nada mais!... Produz-se um reboliço estupendo, uma vozearia de espanto, de indignação, de atroar a tudo. Mozgliakov ficou que nem que fôra de pedra, incapaz de pensar, de falar.

Consente, Zinaida Aphanassievna? Responda, depressa, por quem é! Não posso esperar; poderiamos ser vistos. A Zina não respondeu: olhou para o Mozgliakov, tão somente, mas fêl-o, porém, de modo tal, que elle comprehendeu desde logo, cumprimentou-a e sumiu-se por detrás da primeira esquina.

Pavel Alexandrovitch trata logo de se approximar da Zina; está commovidissimo, com a voz a tremer: Zinaida Aphanassievna! Não está zangada commigo? diz timidamente e com modo supplice. Com o senhor? Mas por quê? pergunta a Zina um tanto ruborizada, erguendo sobre elle os esplendidos olhos. Pela minha vinda prematura, Zinaida Aphanassievna, não podia supportar mais longo apartamento.

Acudiu a tempo o chelique! N'este conflicto, porém, eis que surge por entre a balburdia geral, a intervir, uma personagem muda até então, e se transforma desde logo a feição da scena. Era sobremodo romanesco o caracter da Zinaida Aphanassievna.

Afflictissimo com o desastre de que fôra autôr, a si proprio se abomina, despedaça-o o remorso, as ultimas palavras da Zina anniquilaram-n'o de todo. O passar de um extremo a outro extremo representa para si obra de momentos. Sou um jumento, Zinaida Aphanassievna! Um jumento, nem mais nem menos! Ou ainda peor!

Zinaida Aphanassievna proseguiu o mancebo, se m'o consente, estou pronto a renovar o meu pedido, pronto a esquecer tudo, a perdoar-lhe com uma condição: Ficará tudo sendo segredo por emquanto. Ausenta-se d'esta terra o mais breve possivel, eu sigo atras, ás escondidas, casamos para ahi seja onde fôr, sem que ninguem por isso, e vamos para Petersburgo. E então! Que me diz?

Nunca lhe tive amor, e se eu um dia me resolvesse a desposál-o, seria unicamente para me ver livre d'esta maldita cidade... Mas declaro-lhe, que se tal houvesse succedido, teria em mim uma esposa fiel e carinhosa. Zinaida Aphanassiévna! E se ainda me conserva rancor... Zinaida Aphanassiévna!! Se é que, algum dia, prosegue a Zina a rebalsar as lagrimas, se é que algum dia me teve amor...

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