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Atualizado: 18 de junho de 2025
Mas, sempre quero que me diga, seria levando em vista o meu interesse pessoal? A mim, Pavel Alexandrovitch, que mais me será preciso? Vivi o meu seculo , calculei para bem d'ella, do meu anjo, da minha filha: e qual será a mãe que m'o lance em rosto? As lagrimas inundavam o rosto de Maria Alexandrovna.
Pavel Alexandrovitch trata logo de se approximar da Zina; está commovidissimo, com a voz a tremer: Zinaida Aphanassievna! Não está zangada commigo? diz timidamente e com modo supplice. Com o senhor? Mas por quê? pergunta a Zina um tanto ruborizada, erguendo sobre elle os esplendidos olhos. Pela minha vinda prematura, Zinaida Aphanassievna, já não podia supportar mais longo apartamento.
Mas, notando que lhe não respondem, Madame Ziablova, depois de haver esguelhado uma olhadéla para a Zina e para Pavel Alexandrovitch, percebe que é alli de mais e sae, tambem, como quem vae procurar qualquer coisa. E d'ahi, desforra-se da propria discreção deixando-se ficar atráz da porta, de ouvido á escuta.
Sinto, devéras, acredite, sinto immenso vêl-o em um estado de espirito tão estranho, Pavel Alexandrovitch. Que linguagem! Nem sequer méde as palavras em presença de uma senhora! Em presença de uma senhora!... Será quanto quiser... menos uma senhora.
Pois bem, é possivel que me tivesse atravessado pela mente semelhante calculo, inconscientemente, porém, e sem resquicios de jesuitismo. Espanta-o esta minha franqueza? Peço-lhe apenas uma mercê, Pavel Alexandrovitch: não involva a Zina n'este negocio! Está pura que nem uma pomba. Não calcula; sabe apenas amar, pobre pequena! Se houve alguem que calculasse, esse alguem fui eu, e só eu!
Em segundo logar... mas serei breve a semelhante respeito, é possivel que me não comprehendesse. O senhor só o que sabe é ler o tal seu Shakspeare, fonte aonde exclusivamente vae beber os seus nobres sentimentos; e d'ahi, o senhor está tão moço! Eu, comtudo, sou mãe, Pavel Alexandrovitch.
Pensa na Zina, revóca aquelle seu olhar de despedida tão pouco compativel com um desatinado amor. Lembra-se de que uma hora antes foi tratado por ella na qualidade de asno sem tirar nem pôr. Ante uma tal recordação, Pavel Alexandrovitch estaca de vez, como que pregado ao chão, e ruboriza-se a ponto de lhe virem as lagrimas aos olhos.
Reservo-me o direito de o rejeitar se assim o julgar necessario... Far-lhe-hei ainda notar o seguinte, Pavel Alexandrovitch: se veiu mais cedo do que tinha dito com o sentido em operar por meios indirectos, esperançado em fazer valer a sua influencia, a da mamã, por exemplo, enganou-se nos seus calculos. Se assim fôra, rejeitál-o-hia de vez, entendeu? E agora, basta, se me faz favor!
Como é que se pode ser tão simples, ter vistas tão limitadas! exclama Maria Alexandrovna erguendo as mãos ao ceu. Esta mocidade! O tal Shakspeare! E ahi tem o que elle lhe arranjou, aquelle sonhador, aquelle phantasista! Viver da intelligencia e dos pensamentos alheios! E o senhor a perguntar meu bom Pavel Alexandrovitch, qual é n'este caso o seu interesse.
"Foi uma fortuna carregar com elle o demonio! Que estou dizendo, foi o proprio Deus que veiu em meu auxilio." Pavel Alexandrovitch estava já no vestibulo a enfiar a chuba, eis que rompe por alli dentro, saída não se sabe d'onde, a Nastassia Petrovna. Aonde vae? diz, agarrando-o pela mão. A casa do Borodoniev, Nastassia Petrovna, a casa do meu padrinho. Coube-lhe a honra de me baptizar.
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