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Atualizado: 18 de junho de 2025


Hum! Mau! Não me interrompa. Pavel Alexandrovitch. Quero expôr-lhe um quadro que possa ferir-lhe a imaginação. Ora imagine que ia ter com ella e lhe dizia: "Zina, amo-te mais que a propria vida, mas afastam-nos umas razões de familia. Comprehendo essas razões: trata-se da tua ventura e não me atrevo a insurgir-me contra ella. Perdôo-te, Zinaida; feliz se puderes!"

Tudo aquillo principiava a irritar a Pavel Alexandrovitch: mau signal, visto como, quando uma pessoa está contente, a tudo acha risonho. Pavel Alexandrovitch lembra-se com despeito de que, até aquelle dia, era elle quem dava o tom em Mordassov. Era recebido por toda a parte como um noivo, uma situação tão interessante, e felicitavam-n'o, e elle todo desvanecido.

Informado por um lacaio de que Maria Alexandrovna tinha carregado com Aphanassi Matveich do campo, de gravata branca, que o principe está acordado, mas que ainda não desceu do quarto, Pavel Alexandrovitch, sem dizer palavra, vae acima ter com o tio.

Mas sou mãe, Pavel Alexandrovitch e seria incapaz de o impellir para mau caminho!...

Maria Alexandrovna! exclama Pavel Alexandrovitch, a tudo fiquei percebendo, agora! Portei-me como homem grosseiro, vil, reles!... Levanta-se com vivacidade e puxa pelos cabellos ás mancheias. E como homem inconsiderado, accrescenta Maria Alexandrovna, inconsiderado, eis o que o senhor é! Sou um asno, Maria Alexandrovna! exclamou com desespero o môço. E agora, está tudo perdido!

Desde que veiu, escute... Comtudo... Se não quer, resigne-se a ficar a chuchar no dedo! E a mim que me importa? Eu com do senhor, e o senhor com ceremonias! Será para mim que eu ando a trabalhar? Eu, por mim, nem fico esta noite. Pavel Alexandrovitch, muito contra sua vontade, encosta o ouvido á fisga da porta. Referve-lhe o sangue nas arterias.

Socéga, meu amigo... s... são postiços, diz o principe a olhar muito ufano para Pavel Alexandrovitch. Postiços!?

Pavel Alexandrovitch, sem saber o que ha de dizer, volta costas e de rosto com Aphanassi Matveich de mão estendida para elle. Mozgliakov, alvar, não acceita a mão do conselheiro e faz-lhe rasgada contumélia, com pretenções a ironica. Acerca-se da Zina e, mirando-a a fito, socina-lhe:

Tudo isso, sem duvida, por que o leu para ahi algures no tal seu Shakespeare! Acredite, Pavel Alexandrovitch, o seu Shakespeare vae ha que tempos. Se elle resuscitasse, apezar de ser um génio, não percebia uma palavra do viver moderno. Se alguma coisa existe de majestoso, de cavalheiresco n'esta nossa sociedade contemporanea, é com certeza a aristocracia.

A Madame Ziablova, com o seu tino todo, está-lhe a crescer até agua na bôcca. Eu bem sei; nem é preciso que m'o lembre, que estou para aqui uma trapalhona... Pareço até uma cozinheira, pois não pareço? Maria Alexandrovna está com um cara de palmo. Afoito-me a affirmar que ouviu a proposta de Pavel Alexandrovitch com uma pontinha de terror. Quer sim quer não, teve mão em si.

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