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Diz elle que, sendo Estrabão o que mais estreitou os limites da Lusitania, a dilatou entre o Tejo e o Douro, isto, é pela Beira e Extremadura; que, formando estas duas provincias o centro e base principal do moderno Portugal, não pódem os portuguezes deixar de se ter na conta de descendentes dos lusitanos, pois os accessorios são sempre absorvidos pelo principal; e que a Extremadura hespanhola não pode chamar-se Lusitania por ficar alguma porção d'esta fora dos limites de Portugal.

Não perdoou Alexandre Herculano á classe media a impostura e astucia que a tornou algoz quando jactanciosa apregoava a sua misericordia, como não perdoou nem podia perdoar o crime de lesa-sociedade e traição do seu mandato á monarchia absoluta, que desrespeitou o povo e as instituições populares, «mostrando-se parenta proxima do liberalismo moderno no desprezo estupido e brutal dos mais venerados monumentos d'essas epocas de liberdade incompleta mas sincera, em que o monarca era o alliado dos povos, o braço que estes estendiam para annular a tyrannia da casta privilegiada, se ella ousava quebrar-lhes os seus foros, avexal-os ou opprimil-os» ; degradando em comedia «qualquer cousa grande e forte», a vida municipal, que essa mesma monarchia absoluta legou «transformada em farça de titeres, ás hexarchias ministeriaes, que acceitamos benevolamente como governo representativo» .

As classes que mais se agitam, as que por toda a parte amedrontam os manutensores da ordem, as que hão de revolver e fixar os destinos das sociedades futuras, não querem empolgar os symbolos do governo, querem simplesmente adquirir os instrumentos do trabalho; querem a terra e querem o capital. O problema moderno é o problema economico.

Pois assim está a nossa capital quando tinha caracter e dinheiro faltava-lhe o espirito e o desenvolvimento intellectual; agora que naturalmente está mais desinvolvida e mais apta para as concepções do mundo moderno, escasseia-lhe o caracter e a franqueza. Façamos como Paulo Vernet, o pintor realista abramos a janella, e olhemos serenamente o que se passa.

Arnaldo de Villanova, outro profundo sabio do seculo, medico e alchimista, discute a metaphysica escholastica e combate-a á luz dos principios da sciencia ainda vacillante e incerta, mas procurando firmar-se nas bases do positivismo moderno.

Esta tendencia é sem duvida alguma, o facto intellectual mais importante do seculo actual e um d'aquelles em que mais se traduz d'um lado, a influencia d'ora em deante cada vez mais predominante do criticismo de Kant, e do outro, a feição eminentemente positivista do espirito moderno. Mas acção e auctoridade da sciencia na philosophia é uma cousa, e philosophia positiva, outra.

Em vez d'isso Portugal descansa desde o seculo XVI sobre os monumentos immortaes da sua passada energia e acha-se no movimento moderno da raça latina como uma nacionalidade com licença illimitada para tomar ares.

Vinha longe aquella clareza de intuição e proposito em que o socialismo moderno se definiu. A democracia começara por ser negativa, antes de ser constructiva. Porventura Voltaire e Rousseau tinham resumido duas correntes que, embora contemporaneas na origem, haviam de ser successivas nos effeitos.

A corporação que, desobedecendo ao Governo, mostra desconhecer o antigo e o moderno direito publico destes reinos, não foi feliz querendo dar licções á Academia sobre materias de sua competencia, e increpá-la de menos probidade.

Condado de Galliza ao norte, de Coimbra ao sul do Douro, sarracenos ao sul do Mondego: eis ahi a condição do territorio do moderno Portugal na segunda metade do XI seculo.