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Justiça, gloria, amor, saudade, tudo, Ao da sepultura, é som perdido De harpa eolia esquecida em brenha ou selva: O despertar um pae, que saboreia Entre os braços da morte o extremo somno, não é dado ao filial suspiro; Em vão o amante, alli, da amada sua De rosas sobre a c'roa debruçado, Réga de amargo pranto as murchas flores E a fria pedra: a pedra é sempre fria, E para sempre as flores se murcharam.

Mas era hi o conde d'Odemira, e o commendador mór de Christus com outros, que com palavras prudentes e de bom esforço o detiveram, dizendo-lhe que aquella gente por boa e nobre que fosse, em caso que Portugal a perdesse, bem poderia cobrar outra tal e melhor; mas não a elle que era tal e tamanho Principe, que o reino teria d'elle para sempre muita mingua e grande necessidade, e que não desse causa que Tangere fosse tantas vezes sepultura de Infantes de Portugal, e com estas e outras razões de conforto a estas conformes a que o Infante obedeceu, vendo o feito sem algum remedio, se tornou para Alcacere.

O cavalleiro ja tínha cravado esporas no corsel, e começára a levantar o galope, quando lhe chegaram aos ouvidos estas palavras. Escutando-as, parou o cavallo de repente, e voltando rijo sobre Tello, sem baixar a vista sobre elle, disse-lhe rindo affrontosamente: Villão! Não has de ir queixoso, olha bem! No dia em que Silvana tecer de fios de ortigas, nascidas na sepultura do avô, duas camisas para mim, dou licença que se chame tua mulher.

Se um ímpio, então, na affogueada boca De volcão popular sacode um facho, Eis o incendio que muge, e a lava sobe, E referve, e trasborda, e se derrama Pelas ruas além: clamor retumba De anarchia impudente, e o brilho de armas Pelo escuro transluz, como um presagio De assolação; e se amontoam vagas Desse mar d'abjecção, chamado o vulgo; Desse vulgo, que ao som de infernaes hymnos, Cava fundo da Patria a sepultura, Onde, abraçando a gloria do passado E do futuro a ultima esperança, As esmaga comsigo, e ri morrendo.

Gravitaria ella em volta de um mundo em que procurasse absorver-se, e a vida da terra, de , fosse como o refluxo que a impellia para longe? Pobre flôr, que se debruça nas bordas da sepultura, será uma illusão quanto a sua alma ingenua sente? Serão uma mentira todas as harmonias que se modulam dentro?

Entraram na modesta igrejinha, e foram ajoelhar no arco. A viuva, depois que orou, foi sentar-se n'um banco tosco da capella-mór, e chamou para junto de si o filho. Senta-te aqui, Jorge; disse ella quero fallar com o meu filho ao da sepultura de seu pai. Não a esqueceste ainda, pois não? Jorge desceu a vista sobre uma das lages que formavam o estreito pavimento da capella-mór.

Um dia, n'aquelle antro miseravel, soou o vagido de uma creança. Não se admirem. Tambem ás vezes das podridões de uma sepultura desabrocha uma rosa de maio.

Talvez eu irmãos! mas é que a mim Deve o Senhor as flores com que s'enfeita A mocidade!... que é d'elle o meu jardim! Dizei-me vós irmãos, na vida estreita Toda a desgraça não terá um fim? Se a ventura não póde ser perfeita Tenho agora a Patria em sepultura! Que mais quereis na taça d'amargura?

Sobre o teu tumulo não virão sentar-se os burguezes, benzer-se os sachristães, cacarejar as gallinhas; sobre a tua azul sepultura errará o vento, melancolico velho que visita os seus mortos.

Que, pois desculpa não tem Coração que tanto quer, Vou-me; que não será bem Que quem vós não podeis ver, Que possa mais ver ninguem. Se algum'hora meu cuidado Vos der dor, em que pequena; Peço-vos, pois fui culpado, Que vos não peze da pena De quem vos foi tão pezado. E despois que a desventura Puzer este coração Debaixo da sepultura, As letras na pedra dura Vossa dureza dirão.

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