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Ha pedintes cegos de inspiradas frontes, Com estrellas n'alma, com visões mentaes, Que atravessam rios, que vão dar com fontes, Que andam por agrestes, solitarios montes, Sem errar a estrada, sem cahir jamais!... Pelos bosques ermos, onde venta e neva, Com os seus farrapos mais o seu bordão, Marcham por milagre na continua treva... Oh, dizei, dizei-me quem os guia e leva?

Olhae agora para os vossos livros, e dizei-me como se chama a sua parte externa, a parte de fóra. E. Chama-se capa. P. Por que lhe dariam esse nome? E. Talvez pela analogia, que tem com a capa ou capote, que usam homens e mulheres. P. Mas a capa dos livros não tem góla, nem cabeção, nem roda, como é uso terem os nossos capotes.

P. Recordae-vos do que dissemos hontem a respeito da borracha, e dizei-me se o couro tem com ella alguma parecença. E. Tem, sim, senhor; e bastante. P. Muito prazer me darieis se fizesseis favor de me dizer porque se parecem esses dois corpos, que em realidade são mui differentes. E. Dissemos que se parecem, porque ambos são opacos, coriaceos e macios.

Serrana, cuja pintura Tanto a alma me moveo, Dizei-me: Por qual ventura Andareis nesta espessura, Merecendo estar no ceo? Tamanho inconveniente Andar na serra parece? Pois a ventura da gente Sempre he mui diferente Do que, ao parecer, merece. Tal resposta he manifesto Não se parecer co'as cabras. Pois não vos parece honesto Saberdes matar co'o gesto, Senão inda com palabras?

Dizei-me, he fazer máo uso da razão natural, assustar-se, não com o crime, mas até com a idéa, e pensamento do mesmo crime? Será fazer máo uso da razão natural buscar a ventura, e tranquillidade da vida moral pelo emprego, e pelo exercicio da virtude?

Dizei-me se o papel, de que são feitos os livros, é uma substancia natural, isto é, que se encontre feita, como se encontra a pedra, a agua, a madeira, o barro, a areia, ou se é um producto da arte, quero dizer, feito pelo homem. E.

E. Não sei. P. Deve abster-se de olhar para e de estar a observar o que ella contem. Dizei-me, com que se abrem as fechaduras? E. Com as chaves. P. Olhae para aqui... Metto a chave n'esta fechadura dou-lhe volta e vejo sair uma peça de ferro, chata e larga. E.

Maria beijou a mão do tio, e saía, enxugando as lagrimas. Onde vaes tu, menina? disse o velho. Vou trabalhar, meu tio. Havemos de falar logo. Ella saiu, e o frade disse a sua cunhada: chamar seu marido e venha com elle. O coronel entrava n'este momento. Ei'-lo aqui. Ora vinde ambos; temos muito que dizer e que pensar. Dizei-me : o que vos diz o coração a respeito de Alvaro?

Dizei-me, senhora, sahi eu por ventura um instante de junto da cama da minha bemfeitora, desde que ella foi atacada pela apoplexia? Não, senhora. Então como podia eu subtrahir cousa alguma? Examinai, e examinai bem, senhora, que achareis tudo intacto, porque eu e minha avó preferiamos antes morrer de fome, do que tocar na cousa mais insignificante, que nos não pertencesse.

Menino F., como chamareis aos corpos, que tem opacidade? E. Opacos. P. Ponde diante dos olhos a lousa, que ahi tendes, e olhae para mim. Vêdes-me? E. Não, senhor. P. Porque me não vêdes, quando entre mim e vós está um bocado de lousa? E. Porque a lousa é opaca. P. Menino G., dizei-me se está alguem ali n'aquelle quarto. E. Eu vou vêr. P. Não vos levanteis; olhae d'ahi, do vosso logar.