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Atualizado: 10 de outubro de 2025


N'esse momento Pozzoli dizia ao visconde, em voz baixa: Como estou em minha casa, parece-me conveniente que o sr. me convide, para desviar todas as suspeitas... na hypothese d'um accidente desagradavel. D'accordo, replicou Antonino no mesmo tom. E em voz alta disse: Sr. Pozzoli, o sr. Lauretto Mina, disse, ha dias, na minha presença, que o meu amigo era de primeira força ao florete.

Mas sabia que o visconde estava proximo, conhecia a cadeira em que elle se sentava, e como era para Antonino que cantava, jámais cantara melhor. O visconde nunca mais sentiu ciumes de Lauretto Mina, ou de quem quer que fosse. Ambos se consideravam felicissimos por aquella encantadora vida, alegre como a phantasia, doce como o habito.

A Linda comia com vontade, e molhava alegremente os labios finos no liquido do copo. Á sobremesa a conversação rebentou, viva e alegre, acompanhada pelo tenir dos copos e pelo riso das mulheres, e entre a confusão das vozes, misturadas com o pizzicato dos garfos, um melro, pousado n'uma arvore proxima, rythmava as suas cadencias aflautadas. Lauretto Mina embriagou-se, como costumava.

Vi no expresso de Paris a Linda e Lauretto Mina. Um amigo. Antonino, estendido sobre o divan do quarto, dormia um somno pesado, respirando a custo. Um pouco antes das nove horas, o criado entrou, apesar do visconde não ter chamado. Antonino acordou ao ruido feito pela porta ao abrir-se.

Nada era mais simples, mais facil, mais seguro. Foi assim que, na noite de que fallámos, Lauretto Mina estava ás tres horas e meia da madrugada no quarto de Jacintha. Áquella hora a creada dormia profundamente. Lauretto levantou-se sem fazer ruido. Sobre a meza da cabeceira estava acceso um candieiro. O tenor tirou uma navalha da algibeira, abriu-a, e cortou os cordões d'um reposteiro.

Remissy é, como eu, excessivamente dedicado á srviscondessa, e por isso estou certo que elle annuirá ao meu pedido, e procederá de fórma que não a comprometta. Tenho a honra de me assignar, srviscondessa, Seu humilde criado. «Lauretto MinaEsta carta fôra escripta pelo tenor calculadamente, para que podesse ser lida pelo visconde. Laura mostrou-a effectivamente a Antonino.

Áquella hora ainda não tinham chegado nem Laura nem o visconde. Pozzoli, encontrando-se com Lauretto Mina, que tambem fazia um pouco de dono de casa, perguntou-lhe em voz baixa: Tens a certeza de que a tua casta diva não deixa de vir? Não achas possivel que o nosso bretão a prohiba de comparecer? Acho... Começo a antypathisar com o tal visconde de Bizeux!

Vale mais ter um amante certo, de que um marido duvidoso. Sinto-me satisfeitissima por merecer a sua approvação! respondeu Laura no mesmo tom. Por esta fórma, proseguiu Lauretto, todos terão esperanças. Os que estão apaixonados pela sua pessoa, e eu creio que pelo menos conhece um, veem agora augmentar infinitamente o numero das probabilidades favoraveis. Suppõe isso?

Lera tambem o telegramma de Lauretto Mina, que fôra como que um punhal a enterrar-se no coração d'Antonino. Seu filho acreditára no que dizia o telegramma. Que razão tinha o conde para não acreditar tambem? Mas, culpada ou não, Laura era a causadora unica da morte do seu filho. O conde não era juiz, era pae.

Durante esse tempo, Pozzoli, tendo nas mãos os dois floretes, dizia para Lauretto Mina com aspecto consternado: Ah! Foi aquelle idiota do Antonio que deixou aqui os floretes que nós, a semana passada, tinhamos desembolado. Que miseravel! Nem mais uma noite dormirá em minha casa! E mostrou o florete do visconde, para provar que não tinha botão, como aquelle de que se servira.

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