Vietnam or Thailand ? Vote for the TOP Country of the Week !
Atualizado: 10 de outubro de 2025
O visconde sentia-se satisfeito pela resolução que tomara, antes de partir para Paris. Sahiu, deu a volta ao edificio do theatro e entrou pela porta do palco, perguntando ao porteiro onde era o camarim de madame Laura Linda. Entrou. Ao atravessar um corredor, viu Lauretto Mina que sahia do foyer. O tenor, ainda vestido de Raul, ia de certo para o seu camarim. Ao ver Antonino, recuou admirado.
Elvira fez-lhe signal de que podiam retirar-se. Ellas desappareceram immediatamente. Entretanto Lauretto bebia e fumava. Meu querido Lauretto, peço-te que não bebas mais! supplicava a Elvira gorda. E passava os braços em volta do pescoço do tenor, tentando tirar-lhe o cachimbo da bocca. Elle deu-lhe um murro. Deixa-me, ursa!... Safa-te! Ou és tu como Laura?
Era essa a razão que a levava a não fallar do tenor ao visconde. Comtudo um dia Antonino interrogou-a. Esse tal Lauretto Mina, com quem vae cantar no Theatro Italiano, não lhe fez a côrte em tempo?
A velha levantou-se sem responder, e seguiu Antonino. Laura conservou-se á chaminé, pensativa. Pouco depois ouviu uma voz conhecida dizer-lhe: Adeus, Linda, bom dia! Levantou-se sobresaltada e olhou. Tinha em frente Lauretto Mina. Como vaes tu, carissima? Laura respondeu altivamente: Eu chamo-me viscondessa de Bizeux! Viscondessa?... Hum!... Emfim, seja!
Uma noite, pelas quatro horas da madrugada, Laura, envolvida n'um largo manto, foi, segundo o costume, acompanhar e alumiar seu marido até á escada que descia para a rua. Demorou-se no patamar até que Antonino, sahindo, fechou a porta sobre si. Ao entrar no quarto, a Linda soltou um grito. Lauretto Mina estava sentado na cadeira de que pouco antes Antonino se levantara. Jacintha
Laura pôz-lhe uma das mãos na frontes e respondeu: Não, meu amigo, é muito! Não devo consentir em tanta generosidade... não quero acceitar um tão grande sacrificio... não quero!... N'esse momento ouviu-se uma voz, alta e clara, na sala contigua áquella em que estavam Antonino e Laura. Era a voz de Lauretto Mina. O supplicio do silencio O tenor fallava com Jacintha, a creada de quarto.
Pensavam que mais cedo ou mais tarde conseguiriam os seus fins, e esperavam com paciencia digna de melhor sorte. Lauretto Mina, mais indelicado que elles, não guardava a mesma reserva nem possuia identica paciencia. No mundo dos bastidores sabe-se tudo o que respeita a qualquer artista. O tenor sabia portanto, a situação em que se encontravam Laura e o visconde, e agourava bem d'essa situação.
O emprezario desagradou soberanamente a Antonino, que tambem não sympathisou com Lauretto Mina, cujos gestos afeminados e maneiras pretenciosas faziam um absoluto contraste com os modos viris e simples do gentilhomem bretão.
Os espectadores, bretões na quasi totalidade, applaudiram com enthusiasmo. A baroneza de Pontual e Lauretto Mina, obtiveram successo na Ave Maria de Gounod, e n'um outro trecho que cantaram juntos. Depois do terceiro numero do programma, executado pelo baritono, Laura cantou a aria Fidelio.
Laura estremeceu. Socegou, porém, porque no mesmo instante Jacintha abriu a porta da sala, e annunciou: O sr. dr. Despujolles. O medico cumprimentou Laura e o visconde. Lauretto Mina poucas relações tinha com o dr., e não se arriscou a ser muito familiar com elle. Disse apenas: Tenho a honra de cumprimentar o nosso excellente dr. Despujolles.
Palavra Do Dia
Outros Procurando