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Comece com as suas impiedades, senhor Luiz da Cunha... Olhe que eu retiro-me d'aqui... Quando ha de perder o vicio da maledicencia? Que lhe importam os dentes da baroneza de Lemos? Tem v. exrazão. Sou um grande malvado, mas permitta que eu corrija a sua accusação. Eu não disse que me importava com os dentes da baroneza, que é cousa que ella não tem.

Isto dizia a baroneza que lh'o referira o marido; mas não sabia contar como a levaram de Leça para o Pará, quando tinha seis annos.

Ao meio dia, porém, hora em que a baroneza costumava por suas proprias mãos servir-lhe algumas colhéres de gelêa e um calix de vinho do Porto, sentiu que lhe abriam mansamente a porta do quarto, com a mesma cautela, com o mesmo cuidado com que o fazia Gabriella. Deu-lhe rebate o coração, e no meio dos tristes pensamentos que o acabrunhavam, fez-se um clarão de esperanças.

Achava-o tão leviano, que, como ella dizia, não podia lembrar-se seriamente de fazer d'elle um marido. Agora porém, notando a subita impressão que occasionalmente lhe produzira, e cujos effeitos duravam e progrediam, a baroneza principiou a encarar o caso debaixo de differente luz.

Por certo que a baroneza de Node não denunciava, ao analysar a sua figura, nada de particularmente notavel, parecendo até, á primeira vista, que deveria passar desapercebida, por toda a parte; era uma mulher mais baixa do que alta, muito gentil, mas d'uma gentileza um tanto fransina, um pouco delicada, de olhos pretos, d'uma notavel ternura, cabellos castanhos, iguaes a todos os cabellos castanhos, e d'um talhe fino, esbelto, semilhante a todos os talhes finos.

Sei mais que Anna de Jesus sahiu do convento sem verdadeiramente saber a razão porque sahia, pois lhe disseram que ia tratar com os seus parentes a restituição da legitima que lhe haviam extorquido. Que foi recebida no quarto da baroneza para quem olhou com respeitoso assombro vendo-a coberta de velludo e pelliças de varios feitios.

O pobre velho, fraco, triste e doente, havia-se costumado á companhia d'aquella mulher cheia de vida, de intelligencia e de alegria, e queria-lhe com o apêgo que, n'essas idades, a alma contrahe a todas as imagens que lhe recordam o tempo em que se conheceu joven e vigorosa. D. Luiz experimentava quasi um secreto terror ao lembrar-se de que a baroneza o havia de deixar.

E o unico rancho conhecido, D. Maria Mendonça, a Baroneza das Marges, as duas Alboins, conversavam com as costas para o Terreiro, junto da grade de ferro que o limita sobre a antiga muralha d'onde se dominam campos, a cêrca do Seminario Novo, todo o pinhal da Estevinha e as voltas lustrosas da ribeira de Crêde. Mello Alboim, o Barão das Marges, o Dr.

A baroneza, e D. Angelica assistiram ao almoço, e não conseguiram arrancar-lhe tres palavras. Quem o servia era o negro, que o acompanhára do Rio, e o adorava com o fervor nativo da sua raça. O barão chamou-o no fim do almoço, e disse em segredo: «Esta chave é d'aquella casa baixa que tem o numero doze, defronte da janella do jardim. Vae á loja de ferragem no largo de S. Bento, com este bilhete.

Acudiu D. Angelica, quando o barão, mettendo as mãos nas portinholas da japona, á laia de idolo chinez, voltava as costas a sua mulher. Isto que é?! exclamou D. Angelica. Está doudo rematado, minha mãe! disse, a meia voz, a baroneza. Vae-se chamar teu pae, que chegou agora. Nós não podemos viver com um demente...

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