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E, em grinalda de beijos seccos, de beijos de pau, matraqueados no instrumento da rua, todas essas figuras d'amorosas legendas bailavam mysteriosamente ao som da Traviata, da Lucia, do Balle in maschera. Amor! amor! amor! tal foi de certo a letra da grande aria que constantemente lhe cantaram atravez de toda a sua existencia de mulher bella, instruida e rica.

O espirito do Poeta é sempre moço; O Coração nunca envelhece... Basta um sorriso, um nada, um alvoroço, E tudo nelle se illumina e aquece. Deusas d'eterna graça adolescente, Jamais as Musas desdenharam Da luz que treme incendiando o poente, Dos rouxinoes que ao pôr do sol cantaram.

O João Gouveia trouxe do Gago uma travessa de bôlos de bacalhau que calharam... Depois, fogo de vistas na horta. O Videirinha tocou, as pequenas cantaram... Não se passou mal. Gonçalo esperava irresistivelmente interessado pela ceia das Casimiras: Acabou, hein?... Agora a outra infamia, mais grave! Então o Snr.

Apoderou-se do publico verdadeiro delirio; os artistas cantaram o hymno, as mulheres choraram e os poetas improvisaram. Fóra, arrancavam-se aos vendedores os supplementos dos jornaes; illuminaram-se as casas; dos fogos de artificio choveram toda a noite flores de luz e estrellas sobre a cidade sem somno, e na manhã seguinte as duzentas egrejas de Lisboa annunciaram ao céo a alegria dos homens .

As nove donzellas que acompanhavam Lisia como uma fórma não organisada do Vestalato, mas que poderiam ser comparadas ás Senae ou Barrigenes gaulezas, cantaram um hymno de amor, ao som de tetracordes, sobre a phrase que Viriatho e Lisia tinham trocado: Para sempre no espaço A estrella Erma, bella, Fulgor vivo derrama: De paixão nunca lasso, O que fará quem ama?

Ao todo, trinta e oito cadaveres. Cortaram uma orelha aos principaes, e fizeram d'ellas collar e braceletes para o presidente vencedor, o sublime U-Tong. Ebrios da victoria, celebraram o feito com um grande festim, no qual cantaram este hymno magnifico: «Gloria a nós, que somos o arroz da sciencia e a luminaria do universo». A cidade acordou estupefacta. O terror apoderou-se da multidão.

De Magalona contam cousas raras, De Filinto, sei eu, nada disseram; Mas de Carlos, o magno, o grandioso, Como de moura e fadas contos bellos, Foi, emfim, o que muito cantaram. Era a hora em que o saráo se finava, E os pegasos olharam para o ceu; Mas em paga d'amor e de saudade A todos quer dar mestre uma lembrança, Pintando-lhes nas costas, n'um abraço. As armas... que muitos captivaram.

E assim, por uma tarde triste, conseguiu André leval-a, pelo passeio da Aduana fóra, entre as palmeiras, á estação. E os beijos cantaram, demorados e angustiosos, nas bocas dos amantes, até que uma voz rouca gritou: Viajeros, al tren! e o comboio silvou e partiu. André ficou a vêr o lenço de Renée e o comboio que se perdeu n'uma curva, fumegando. Dolorosa foi, para André, essa noite.

Em poeira de ouro foi-se mudando a nevoa: era o sol. apparecia uma nesga de azul; arvores, moutas destacavam-se: a mortalha rasgava-se para a resurreição. Alegremente as aves, em claras vozes, cantaram a victoria da Luz. E Maria, contente, d'olhos em extase, esperava o astro annunciado pela fulguração das nuvens.

Todos se julgaram n'esse instante com direito a molharem o pincel nas côres iriadas de tão esplendida palheta, esboçaram por isso com as mesmas tintas os perniciosos fructos do lupanar, cantaram o mercurio, a copahiba e a syphilis, esfalfaram as pluraes dos adjectivos, evocaram a desditosa Ophelia, obrigaram Christo a marchar em todas as linhas das suas estrophes, e finalmente prenderam a cotovia entre alexandrinos caudalosos com os epithetos mais extravagantes bebidos na leitura da opulenta prosa de Flaubert, Zola, e Daudet.