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Contae para eu scismar, uma bonita historia Qualquer, a que vos vier mais depressa á memoria. Contae que eu sou ainda uma criança, gosto Tanto de historias! pelas luas brancas de agosto! Ó rios a contar historias, como as criadas, Historias de ladroes, mais historias de fadas, A do do Telhado e da triste viuva Que sahia á rua pelas noites de chuva!

Na distancia figurava-se-me alto em demazia: Julia não era nem podia ser; Julia a mais diminutiva e delicada de quantas fadas bonitas e graciosas teem trazido varinha de condão. Laura... ai! Laura tam longe estava d'alli... Quem sería pois? So se fosse!.. Quem? Aquella elegancia, aquelle cabello sôlto e annellado, aquelle ar gentil não podia ser senão d'ella... D'ella, quem?

Um dia que estava á janella a lastimar a sua sorte passaram umas boas fadas que, compadecendo-se da infeliz, lhe disseram que ao fiar, em logar de passar os dedos pelos labios, os passasse por farinha de milho.

Por isso quem por estradas Fôr, de noite, e vir as fadas Nos altos mirando o céo, Deve com geito falar-lhes Muito cortez e tirar-lhes Até ao chão o chapéo. Porque a fortuna da gente Está ás vezes sómente N'uma palavra que diz; Por uma palavra, engraça Uma fada com quem passa, E torna-o logo feliz.

D'esse culto primitivo, ficou a superstição de revolver penedos, junto dos lameiros ou charcos, e a crença nas Jans ou fadas, e nos juncaes chamados Omomi, de que o povo fez a entidade do Bom Homem.

Ha quem diga que são mais bonitas do que as fadas, e querem outros que sejam feias de metter medo. Fazem-se-lhes os dentes verdes e os olhos ficam parecendo olhos de peixe. Não deixa de haver harmonia n'estas opiniões desencontradas; porque, variavel como a onda que a encobre, a encantada no mar deve ora ser horrivel como a vaga furiosa, ora fresca e pura como a agua transparente.

Tardes mornas... As nuvens, pelo azul, São flotilhas, que vogam para o sul, Em demanda das Indias encantadas Onde vivem serêias, silfos, fadas... Nunca esquecem orações de mãe...

De cem outras, cuja gloria Enche as paginas da historia Dos reinos de el-rei Merlin? Umas tem mando nos áres; Outras, na terra, nos mares; E todas trazem na mão Aquella vara famosa, A vara maravilhosa, A varinha do condão. O que ellas querem, n'um pronto, Fez-se alli! parece um conto... Mesmo de fadas... eu sei! São condões que dão á gente, Ou dinheiro reluzente Ou joias, que nem um rei!

Estes versos foram escriptos em Lisboa, para a collecção Thesouro poetico da infancia, que o proprio auctor coordenou. Foram lidos no dia immediato a João de Deus, «que delles se mostrou satisfeito», como Anthero escrevia a um amigo. «Para mim, poeta de genero apocalyptico, foi um verdadeiro tour de forceAs fadas... eu creio n'ellas!

Triste, cativa a Princeza, Cantava de noite e dia, Para encher a soledade Nas angustias que soffria. Passa um Cavalleiro perto, A doce musica ouvia; Mas, como subir á Torre? Tão alta! quem poderia? Deixára soltar as tranças, E até á terra descia Seu fino e lindo cabello Por onde o moço subia. As noites eram auroras Da mais intima alegria, E as ausencias tornavam Cada vez mais negro o dia; Até que d'esses amores, Que ninguem suspeitaria, Ao cabo de nove mezes Formoso Infante nascia. Boas Fadas o fadaram, A qual mais dons lhe daria: Invencivel aos perigos Ser