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Se mal corria ha muito a casa e o governo domestico da familia P'reira, peor se tornou depois d'essa época. A mulher passava todo o tempo em devoções na igreja. O marido, desconsolado, procurava lenitivo na taberna. Descuidou-se cada vez mais de trabalhar. A embriaguez era n'elle estado habitual, e menos inoffensiva e pacifica do que nos primeiros tempos.

Tambem lhe hei de pedir que te mande o dôce. Elle ria: Será explorar de mais a prima Joanninha. E que lhe entregue um annel E com um annel uma rosa. Jacintho rio alegremente: Fernandes, seria excessivo, por causa de meia duzia de pêcegos, e d'um boião de dôce.

Eu tomo uma douche antes de jantar, tepida, a 17. Fricção com malva-rosa. E cahindo pesadamente para cima do divan, com um bocejo arrastado e vago: Pois é verdade, meu Fernandes, aqui estamos, como ha sete annos, n'este velho Paris... Mas eu não me arredava da mesa, no desejo de completar a minha iniciação: Oh Jacintho, para que servem todos estes instrumentosinhos?

As tres janellas, sem cortinas, contemplavam a belleza da serra, respirando um delicado e macio ar, que se perfumava nas resinas dos pinheiraes, depois nas roseiras da horta. Em frente, no corredor, outro quarto repetia a mesma simplicidade. Certamente a previdencia do meu Principe o destinára ao seu Fernandes. Pendurei logo dentro, no cabide, o meu guarda-pó de lustrina.

Depois de se separar do P'reira, o conselheiro seguiu por uma rua de limoeiros, e como homem a quem era familiar a topographia do quintal. Cêdo chegou á vista do herbanario, que dera audiencia sub tegmine fagi. Estava sentado á borda de um tanque, a que uma d'essas arvores dava sombra. O conselheiro saiu emfim de traz dos limoeiros e veio ter com elle.

Poucos passos andados encontrou-se com o P'reira, que vinha virando e revirando nas mãos um papel e monologando, segundo o costume: Ora! ora! ora!... Estragar o vinho de nosso Senhor com esta mexerofada! Isso até era um peccado. N'essa não caio eu! O conselheiro interrogou-o sobre as causas d'aquelle aranzel.

Era aos cuidados e vigilancia d'este par conjugal que o recoveiro Cancella confiava o seu mais precioso thesouro, a pequena Ermelinda, uma mimosa creança, que lhe ficára á sua viuvez tão cheia de saudades, e a quem elle mais queria do que á menina dos olhos. Ermelinda era afilhada da familia P'reira, e a mesma a quem ouvimos referir-se Angelo no fim da carta.

Deixou Ermelinda a dormir; não a quiz acordar; beijou-a na fronte desmaiada, abençoou-a e saiu. Comadre, disse ao passar por casa do P'reira ahi lhe deixo a pequena. Olhe-me por ella, que não está muito boa. com Deus disse uma voz de dentro. Era a sr.^a Catharina. O recoveiro partiu, silencioso e triste.

Quando o fiacre estacou no 202 ainda eu espancava tão desesperadamente a besta ingrata, que, aos berros do cocheiro, dous moços accudiram e me sustiveram, recebendo pelos hombros, sobre as nucas servis, os restos cançados da minha colera. Em cima, repelli a sollicitude do Grillo que tentava impôr ao siô Fernandes, a Fernandes de Guiães, a immensa indignidade d'um chá de macella!

Assim ennevoadamente filosofávamos quando Brás, com uma candeia na mão, veio avisar que «estavam preparadas as camas de suas inselências...» Da idealidade descemos gostosamente

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