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Ouça: se, como diz e me affiança, Estamos sob um tecto d'aliança Deshonesta; se, como bem proclama A devassidão n'este lar se inflama Por impudica e camaradagem... Que faz, senhor, além, aquella imagem? E inda est'outra aqui? tanto a destoar Do cortejo que envolve o lupanar? Henrique São os taes attributos da mentira, Ante os quaes se revê e mui se admira! Margarida

A cada esquina, um café-cantante atulhado d'uma malta enxovalhada, que berra, cachimba, emborca aguardente, emquanto sobre o tablado, por traz da ribalta, uma matrona despeitorada e caiada vae rouquejando um estribilho obsceno... De dez em dez casas um lupanar, separado apenas da rua por uma simples cortina... Por toda a parte o jogo: um sacripanta traz uma pequena roleta, um banco, e no meio da rua installa a batota; em redor apinham-se logo outros sacripantas, e d'ahi a momentos a policia tem de acudir, porque corre sangue...

Mas me fartei de Collares. Depois, cambaleando, arrastei-me para o Lupanar! Que noite! A alvorada clareou por traz das persianas; e achei-me estatelado no tapete, exhausto e semi-nú, sentindo o corpo e a alma como esvaírem-se, dissolverem-se n'aquelle ambiente abafado onde errava um cheiro de de arroz, de fêmea e de punch...

Nasces na estrebaria, Vives no lupanar! Desfila pela rua immensa multidão. Saiu a procissão; Paremos um instante.

E tu, Anna, foste da mesma sorte feliz? A timida interrogada, ficou silenciosa e interdicta... O velho fidalgo, tomado instantaneamente de uma pallidez assustadora, alçou assim a voz: Padre Alvaro! Disponha immediatamente a capella d'esta casa, para uma solemne ceremonia religiosa. Snr. Arthur Soares, busca a todo o edificio e traga-me aqui o infame possuidor d'este lupanar!

Porém do outro lado, a luz ia aclarar perto do leito, um perfumador de cobre sobre tripé de bronze. Luiza reparou. Ligeiros fumos fugiam á tona da caçoila, espojando arômas de flôres de Takeoka, bolas de styrax, coiro da Russia, jasmins... E santo Deus! a narina farejava lupanar.

O mundo como tu é calvo e velho; A Egreja é o lupanar do Evangelho; E tu ó ébrio, gulotão, descanças!?... Satan, olhando o azul, disse: As estrellas Vão pelo Ceu tão baças, amarellas, Deus deixou enferrujar as lanças! Fecundarás a terra com o suor do teu rosto. Cavae, eternamente, a velha terra!

Ó seculo de ferro! ó geração escrava! que ouves Satan ladrar na noute do Evangelho, no teu sollo do Mal, sobre teu sollo em lava, cae a agua do ceu como n'um poço velho! Sim a agua do ceu que faz viver a flôr mal que no poço cae transforma-se na lama! Ó seculo de ferro, ó seculo de horror, que fazes tu da Voz, que em teu deserto clama? Que fazes tu da Voz que ouço passar nos ventos, prégando a Negação, n'um funebre arrepio, que ouço clamar na noute em uivos e em lamentos como um ladrar feroz de ruivo cão sombrio? Que fazes tu da Voz dos teus prophetas santos que dão prantos de sangue ás tuas vexações, e do carro de fogo arrojam os seus mantos que arrastam á Revolta o mar das multidões? Que fazes tu? Tu ris! Tu vaes como a rameira vender teu deus, teu ceu, tua honra ao lupanar. A Justiça tornou-se em velha alcoviteira. A Egreja ri na orgia, e Christo deixa o Altar! O Desespero crú esparge o seu veneno na taça d'ouro e onyx das jovens illusões. O Odio faz ouvir o seu terrivel threno. O Mal com a tenaz aperta os corações! A virginal Poesia, a virgem d'alvas vestes ergue aos ceus suas mãos, brancas como o alabastro. Traz a Lyra na mão vestida de cyprestes. Seu santo coração flameja como um astro! ella faz ouvir n'um seculo corrupto sua Lyra de bronze ao temporal da Sorte! ella faz ouvir seu alaúde em luto que notas crueis de Maldição e Morte.

Imaginai um lupanar de embriagados, um hospital de loucos, um covil de assassinos, uma caverna de ladrões, um bordel immundo; soltai ao mesmo tempo todos os moradores d'esses abominaveis logares, e tereis uma optima pintura do inferno espiritual, isto é, o estado mental dos condemnados.

Vago rumor de vozes mal distinctas Nos guiou para os porticos do paço: Eu, sabendo que o bispo era um devasso, Previa a bacchanal... Escuta, ó Christo, escuta, embora sintas Chammejante de pejo o rosto frio, Tudo o que eu vi no lupanar sombrio, No infame lupanar sacerdotal: II *A humildade do bispo*