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Atualizado: 23 de junho de 2025
Ah! boa rapasiada! observou, esfregando as mãos, o Francisco Artilheiro. Não eram os romanos capazes de metter dente cá para este lado, até que uma vez um dos seus generaes, chamado Sergio Galba, apanhou os lusitanos á traição, e fez n'elles uma mortandade de que poucos escaparam. Ah! grande patife! exclamou o Manoel da Idanha.
Qual carapuça! os vencidos é que conquistaram os vencedores e deram-lhes a sua lingua, as suas leis e a sua religião. Porque? porque os mais civilisados eram os vencidos, e quem mais sabe é quem triumpha. Mas então, a final de contas, perguntou o Manuel da Idanha, sempre isto ficou sendo romano? Não, rapaz, não é assim.
Estou morto por saber, porque é que chamaram a D. João II o principe perfeito, principiou o Manuel da Idanha no domingo immediato, quando estiveram todos sentados á roda da lareira, porque, emfim, vocemecê já nos fallou n'uns poucos de reis de quem se não póde dizer mal: D. Diniz, por exemplo, D. João I, etc.
Mas então as côrtes é que escolheram quem havia de ser rei? perguntou o Manuel da Idanha. Tal e qual. E eram côrtes como as de agora? acrescentou o Bartholomeu. Não, senhor, havia os tres braços, como então se dizia, clero, nobreza e povo. Os bispos e os conventos mandavam os seus escolhidos, os fidalgos mandavam os seus e o povo tambem, quer dizer cada concelho mandava o seu procurador.
E como assassino é que a gente o conhece, e no seu manto real não se vê o sangue das batalhas, vê-se mas é o sangue de Ignez! E esta? Se a não matassem, o que dizia a historia? Foi a amante de um rei. Olhem que gloria! E assim? Todos choram por ella, como a tia Margarida, que está ali a limpar os olhos com a ponta do seu avental. E o que fez D. Pedro? perguntou o Manuel da Idanha.
Os bons dos saloios ouviam boqui-abertos estas cousas todas, que só o Manuel da Idanha parecia perceber um bocadinho, por isso o João da Agualva, que não queria perder a attenção do auditorio, apressou-se a continuar: Isto quer dizer, meus amigos, que foi por este tempo que principiou a prégar-se no mundo a nossa santa religião, e foi cá a nossa terra uma das primeiras que se converteram.
E como estas Villas se ganharam, na Coronica del-Rei Dom Affonso Conde de Bolonha, se dirá mais largo, e El Rei Dom Sancho povorou de fogo morto a Cidade da Idanha a velha, sendo de todo destroida dos Mouros, e depois que El-Rei Dom Sancho seu avô a leixou á Ordem do Templo, e o dito Rei Dom Sancho faleceo sem filho, nem filha legitimos, nem bastardos, que se soubesse.
Correu muito sangue por esse reino, até que emfim se fez a paz, mas D. Affonso IV pouco tempo sobreviveu, morrendo em 1359, dois annos depois da morte de Ignez. Subio ao throno D. Pedro, não é verdade? perguntou com muito interesse o Manuel da Idanha.
Pois tem rasão, sô Manel da Idanha, e bom é que essas cousas fiquem explicadas, porque a mim parece-me cá no meu modo de ver que o que nos importa a nós, que somos do povo, não é tanto saber as batalhas que se deram, e mais os reis que houve; o que nos importa é saber como é que viviam os nossos paes, e como se governavam e cousas e tal.
E ahi lhe valeu o João das Regras? acudiu o Manoel da Idanha. Isso mesmo, porque lá para fallar não havia outro como elle. Mas d'ahi a pouco tornou-se necessario fallar outra lingua, a lingua das espadas, e n'essa, quem lia de cadeira era Nuno Alvares, que o novo rei fez logo condestavel.
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