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A baroneza devia cantar, no concerto, a Ave Maria de Gounod, o seu deus. D'uma vez ensaiava, em casa do conde, aquelle delicioso trecho de musica, ante um auditorio que, n'aquelle dia, por acaso, era numeroso. Obteve o successo costumado, e todos os presentes foram, no fim, fazer-lhe os seus cumprimentos... Laura, como todos, foi testemunhar a sua admiração á baroneza.

Como em todos os movimentos sinceros da alma popular ha n'este muito oiro e muita escoria, muita cousa boa e muita cousa . A inconsciencia animal, em que vive o nosso camponez, é violentamente sacudida pela prédica, sempre adquada ao seu rude auditorio, do missionario que vem espalhar pelo povo a palavra de Deus.

Se o padre João Coelho quizesse, esse é que podia responder a preceito; mas, para bem do leitor, ninguem n'aquella hora se lhe atravessou com argumentos, estando elle na estalagem da Amarante, sentado no escabello, a dizer cousas de sorte magoadas, a respeito da profanação do convento, que todo o auditorio chorava, sendo tres das carpideiras as mais lubricas bailarinas da claustra.

O seu auditorio destampava em gargalhadas quando o Fuas Roupinho da esquadra naufragada, zombando do seu proprio appellido de guerra, chacoteava da ordem de S. Miguel, que elle denominava a cavallaria desferrada do archanjo.

Foi de um effeito surprehendente! O auditorio sentia calefrios: passava n'elle a corrente magnetica do enthusiasmo! O prégador rematou em tom familiar, com voz mais baixa, aconselhando aos pobres, que seguissem o exemplo de Jesus, que andou a pedir pelo mundo; e aos ricos, que se amoldassem pela Rainha Santa, que distribuia pelos desgraçados as riquezas do seu palacio. «Amen

E assim cumpre resumir-me, o que aliás faço tanto mais gostosamente quanto sempre algum proveito poderei auferir de me acolher, embora por necessidade, ao horaciano preceito, que promette maior agrado aos discursadores que não abusem da attenção do auditorio.

Calou-se, pigarreou, fitando com tenacidade, d'um modo quasi severo, o auditorio resumido e conspicuo: o Antonio Narceja, portuguez enriquecido n'um barracão á entrada do furo do Pagé; o Dr.

E posta súbito em , sempre com a mesma incisiva veemência levando de vencida a froixa resistência do auditório: Ora imaginem! Verão o efeito. Cai tudo... vai ser lindo! E como de roda todos, vagamente sorrindo, se fechassem num silêncio que era uma aquiescência, ela comandou com alegria: Bem! bem! está combinado. Daqui não que sair.

Elle no entanto sorria de quando em quando, ironico e triumphal, circumgirando pela sala no fim de cada periodo um olhar destinado a indicar ao auditorio que dentro do seu pequenino craneo a malicia de Bertholdinho se achava alliada á finura de Polycarpo Banana.

Elle descrevia ao auditorio as contorções e gritos da vìctima, com grande applauso dos companheiros, até que narrou o modo porque a tinha morto; coisa de que depois se arrepêndera muito, porque a familia d'ella, que não sabia do occorrido, veio offerecer-lhe em resgate três escravos, com que elle poderia ter começado um pequeno negocio.