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Atualizado: 14 de julho de 2025
Aqui Progne d'hum ramo em outro ramo, Co'o peito ensanguentado anda voando, Cibato para o ninho indo buscando; A leda codorniz vem ao reclamo Do sagaz caçador, que a rede estende, E pretende Com engano Fazer dano Á coitada, Qu'enganada D'huns esparzidos grãos de louro trigo, Nas mãos vai a cahir de seu imigo.
Nem as hervas das águas desejadas Se fartão; nem de flores as abelhas; Nem este Amor de lagrimas cansadas. Quantas vezes, perdido entr'as ovelhas, Chorou Phebo de Daphne as esquivanças, Regando as flores brancas e vermelhas? Estava o triste amante recostado, Chorando ao pé d'hum freixo o triste caso, Que o falso Amor lhe tinha destinado.
A peregrinação d'hum pensamento, Que dos males fez hábito e costume, Tanto da triste vida me consume, Quanto cresce na causa do tormento. Leva a dor de vencida ao soffrimento; Mas a alma está, de entregue, tão sem lume, Qu'enlevada no bem que haver presume, Não faz caso do mal qu'está de assento.
Onde vou visitar na urna estreita Os santos ossos do Varão divino, Que pretendeo do Mestre o mão direita. Assi, d'hum lugar n'outro de contino, O bem que ja cantei, chorando venho; Tornei-me de vaqueiro, peregrino: Tal hábito me vês, tal vida tenho. LIMIANO. Anzino, he breve o dia Para poder contar O que sinto de tua desventura.
Pois confessae-vos jagora, Indaque tenho temor Que nem nesta última hora Me ha de perdoar Amor Vossos peccados, Senhora. E assi vou desesperado, Porque estes são os costumes D'amor que he mal empregado; Do qual vou ja condemnado Ao inferno de ciumes. Corre sem vela e sem leme O tempo desordenado, D'hum grande vento levado: O que perigo não teme, He de pouco exprimentado.
Lembre-te a formosura de Narciso, E qual pago lhe deo seu desamor: Ólha que com amor disto te aviso. Mas quando essa crueza tanta for, Que mereça do ceo novo castigo, Qual herva será digna de tal flor? Amor que me persegue, Amor que sigo, Me faz d'hum grave mal andar temendo; D'hum mal, qu'eu sinto na alma e que não digo.
Tanto no seu engano procedeo, Que não sabe na morte inda apartar-se Dos erros que na vida commetteo. Bem póde o coração desenganar-se, Que o fogo d'hum querer, n'alma inflammado, Não costuma na morte resfriar-se. Porque despois do corpo sepultado, Prisão onde s'encerra o fraco esprito, Eternamente chora o seu cuidado.
Vós, ó ramo d'hum Tronco alto e sombrio, Cuja frondente coma ja cobrio De Luso todo o gado e senhorio; E cujo são madeiro ja sahio A lançar a forçosa e larga rede No mais remoto mar que o mundo vio; E vós, cujo valor tão alto excede, Que, a cantá-lo com voz alta e divina, A fonte do Parnaso move a sêde; Ouvi da minha humilde çanfonina A harmonia, que vós ja levantais Tanto, que de vós mesmo a fazeis dina.
E d'hum e d'outro o vício ja deixado, O seu Nome, co'o vosso nesse dia, Seja por todo o mundo celebrado; E respóndão os ceos: JESUS, MARIA. Juizo extremo, horrifico e tremendo, E Juiz sempiterno, alto e celeste, Significará a terra, humedecendo.
Aquelle gesto immoto e repousado, Qu'estando n'alma propriamente escrito, Não póde ser em verso trasladado; Aquelle parecer, que he infinito Para se comprender d'engenho humano; O qual offendo em quanto tenho dito; Tanto a inflamar-me vem d'hum doce engano, E tanto a engrandecer-me a phantasia, Que não vi maior glória que meu dano.
Palavra Do Dia
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