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Atualizado: 29 de junho de 2025


Mas se Deus vos protegeu o campo e o vinhedo, se loirejam n'um os cabellos de Daphne, e no outro vergam os sarmentos com os pêsos côr da amethista, de azafamar para a colheita, de afinar a viola do descante, de phantasiar as alegrias da esfolhada, de escolher corpo gentil onde caia o abraço do milho-rei. Quem não conhece agora a aldeia, quando

Mas em casa, deante do genro e deante da nora, não ousavam falar em Theócrito, a não ser para reproduzir algum verso casto do bucolico grego, como por exemplo aquelle em que a pastora diz a Daphne: «O casamento não tem penas nem dôres; mas sómente alegria e danças

Algumas cabeças, formosamente loiras como a de Daphne, pareciam aureoladas por um diadema de oiro; outras, de bellos cabellos negros, affiguravam-se radiadas de arabescos luminosos, como o azeviche batido fortemente pela luz.

Num valle ameno, que os outeiros fende, Vinhão as claras agoas ajuntarſe, Onde hũa meſa fazem, que ſe estende Tam bella, quanto pode imaginarſe: Aruoredo gentil ſobre ella pende, Como que prompto estâ pera afeitarſe, Vendoſe no cristal reſplandecente, Que em ſi o eſtâ pintando propriamente: Mil aruores eſtão ao çeo ſubindo, Com pomos odoriferos & bellos, A Laranjeira tem no fruito lindo A cor, que tinha Daphne nos cabellos. Encoſtaſe no chão, que eſt

'Stava Francisco alli sublime e dino, Vermelho como os raios de Vulcano; Por sceptro tinha um copo crystalino De cheiroso licor, mas não d'este anno; Da boca lhe sahia um ar tão fino, Que em vinho convertêra um tigre hyrcano; Dos ramos tinha c'rôa rutilante Em que tornou a Daphne seu amante.

«Sobre tudo o que me atormentava era o costume que elle tinha de saltar os muros dos pomares para se ir sentar nas larangeiras, a fartar-se d'esses pomos que a antiguidade chamou aureos por serem vermelhos, e que o seu Camões asseverou terem A côr que tinha Daphne nos cabellos;

Agora tu Caliope me enſina, O que contou ao Rei, o illustre Gama: Inſpira immortal canto, & voz diuina, Neſte peito mortal, que tanto te ama. Aſsi o claro inuentor da Medicina, De quem Orpheo pariſte, o linda Dama: Nunca por Daphne, Clicie, ou Leucothôe Te negue o Amor diuido, como ſoe.

O luminoso dia Os amorosos corpos despertava Á cega idolatria, Que ao peito mais contenta e mais aggrava; Onde o cego menino Faz que os humanos crêão que he divino: Quando a formosa Nympha, Com todo o ajuntamento venerando, Na crystallina lympha O corpo crystallino está lavando; O qual nas ágoas vendo, Nelle, alegre de o ver, s'está revendo: O peito diamantino, Em cuja branca teta Amor se cria; O gesto peregrino, Cuja presença torna a noite em dia; A graciosa boca Que a Amor com seus amores mais provoca; Os rubins graciosos; As pérolas qu'escondem vivas rosas Dos jardins deleitosos, Que o ceo plantou em faces tão formosas; O transparente collo, Que ciumes a Daphne faz d'Apollo; O subtil mantimento Dos olhos, cuja vista a Amor cegou; A Amor que, com tormento Glorioso, nunca delles se apartou, Pois elles de contino Nas meninas o trazem por menino; Os fios derramados Daquelle ouro que o peito mais cobiça, Donde Amor enredados Os corações humanos traz e atiça, E donde com desejo Mais ardente começa a ser sobejo.

Nem as hervas das águas desejadas Se fartão; nem de flores as abelhas; Nem este Amor de lagrimas cansadas. Quantas vezes, perdido entr'as ovelhas, Chorou Phebo de Daphne as esquivanças, Regando as flores brancas e vermelhas? Estava o triste amante recostado, Chorando ao d'hum freixo o triste caso, Que o falso Amor lhe tinha destinado.

Marte, segundo o padre, era um adultero; Apollo um valdevinos que se andava lamuriando na piugada de Daphne; Hercules um maricas que fiava de cocoras na roca de Omphale; as heroinas da odissea, da iliada, e das tragedias de Eschylo um femeaço impudico e deslavado.

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