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Se nunca conheceste Apollo, ou musas, Nem pintado sequer viste o Parnaso, Para que de seus dons sem saber usas? Se temes que o teu nome em negro vaso Para sempre se veja sepultado; Usa do para que tiveres azo. Não digas mal do consoante amado Tanto dos bons engenhos peregrinos Dos do tempo d'agora e do passado.

Vêdes que as altas Musas do Parnaso Cantando vos estão na doce lira, Tomando-me das mãos tão alto caso. Vêdes o louro Apollo, que me tira De louvar vossa estirpe, e escurece O que a vosso louvor meu canto aspira. Ou por me haver inveja me fallece, Ou por não ver soar na frauta ruda O que a sonora cithara merece.

Era mais um poeta que o norte do paiz mandava a esse Parnaso de Coimbra, onde, á falta d'uma Faculdade de Lettras, a doce paisagem, os melancholicos olivedos do Penedo da Saudade, o encanto do Mondego, com os seus pallidos renques de salgueiros, os seus laranjaes todos floridos e rescendentes nas noites de maio, com os seus orpheons de milhares de rouxinoes, com os seus luares de sonho que tudo espiritualisam, e, sobre isto, a tradição dos grandes poetas que, desde Camões e o bom , por alli passaram, iniciavam as almas novas nas emoções do lyrismo, desde a graça bucolica do idylio ou da egloga á saudosa plangencia da elegia.

O verso é máu; mas de Miranda visava principalmente a fazer boa philosophia, e contentava-se em alinhavar versos conceituosos em prosa chan; por isso mofava delle o Camacho, na Jornada do Parnaso, taxando-o de Poeta até o umbigo, e os baixos prosa.

E eu, a proposito do amor, fui mais laconico que o veni, vidi, vici; tantas vezes citado e nem uma comprehendido! Puz em scena um enthusiasta do genio e não me referi ao stultorum infinitus est numerus de Salomão! Abiquei o Parnaso e não arenguei á cerca da impropriedade deste decasyllabo de Francisco Manoel: Capri-barbi-corní-pedes-felpudos!

«Quem és tu? minha cara de pandilha! serás abelha-mestra, ou boticaria? serás bruxa com loja de hervanaria, ou annuncio de drogas, por acaso?» «Eu sou a velha musa do Parnaso que, inspirada na sciencia dos effeitos, despida de rançosos preconceitos, abracei a moderna poesia, e conquisto mil adeptos por dia

Se espalmar-me tentei pelas paredes do teu Parnaso, Apollo, vae-me ao pêllo! Põe-me se conservo n'este fato algum resto de parvoas pretensões, que o mundo como é, o mundo ingrato, despir-me soube as dôces illusões. Dormi. Sonhei. Do sonho hoje acordado na prosa da verdade emfim caí; mas como tudo tem sempre um bom lado ganhei gordura se illusões perdi.

Cuidando achar aqui melhores fados, Aos pés de outro Rocim, por novo caso, Quasi que vio seus dias acabados. Quiz correr junto a Vós sobre o Pegaso: Cahio, e por sinal colheis regados Do sangue seu os louros do Parnaso. Descripção de hum Peralta amaltezado.

32 que teve o Indo sojugado, E nunca lhe tirou Fortuna, ou caso, Por vencedor da Índia ser cantado De quantos bebem a água de Parnaso. Teme agora que seja sepultado Seu tão célebre nome em negro vaso D'água do esquecimento, se chegam Os fortes Portugueses, que navegam.

E ja que a lingua nisto fica pronta, Consenti que a minha Ecloga se conte, Em quanto Apollo as vossas cousas conta. No cume do Parnaso, duro monte, De sylvestre arvoredo rodeado, Nasce huma crystallina e clara fonte, Donde hum manso ribeiro derivado, Por cima d'alvas pedras mansamente Vai correndo suave e socegado.

Palavra Do Dia

stuart

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