United States or Israel ? Vote for the TOP Country of the Week !


E tendo isto ordenado, pediu Progne ao marido lhe concedesse jantarem ambos, ao modo dos reis de sua terra, que era comerem sós. Foi-lhe feita a vontade. Partiu Tereo os manjares e guizados feitos do corpo do filho; depois de comer d'elles, pediu á mulher lhe mandasse vir o principe Itêns, seu filho, que elle muito amava.

Trazida, em letras gregas conta á irmã o caso, e por acenos rogou a uma mulher levasse aquella toalha assim lavrada á rainha Progne, que lhe havia de ser bem pago o trabalho que n'isso tomasse. Dada a toalha á rainha, sabida a historia, dissimulou. N'aquelle tempo se faziam umas festas que de tres annos se celebravam n'aquelle reino. Disse Progne ao marido que desejava ir a ellas.

Teve a rainha Progne saudade de vêr a sua irmã Filomena: pediu ao marido licença para a ir vêr, ou fôsse elle em pessoa para a trazer, que seu pae e mãe lhe concederiam licença para a irmã vir. Tereo aprestou naus, partiu, chegou a salvamento, foi bem recebido dos sogros, rei e rainha e da cunhada Filomena, a qual, em Tereo a vendo, se incendeu de amores por sua formosura.

«Contam as fabulas que Tereo, filho de Marte e de Bistonida, sendo rei de Thracia, casou com Progne, filha d'el-rei d'Athenas, e a trouxe para o seu reino. N'ella houve um filho lindissimo, a que chamavam Itêns, tão desejado no reino, que o dia que nasceu se festejava como festa solemne.

Vês a commum corrente deste rio Que ora tanto se pára, ora anda tanto, Deixando de seu curso o certo fio? Vês como a Philomella deixa o canto, Com que incita os pastores namorados, E multiplica Progne o triste pranto? E vês, emfim, por todos esses prados Desmaiadas as hervas, que sohião Viçoso pasto dar aos nossos gados?

31 "De Guimarães o campo se tingia Co'o sangue próprio da intestina guerra, Onde a mãe, que tão pouco o parecia, A seu filho negava o amor e a terra. Com ele posta em campo se via; E não a soberba o muito que erra Contra Deus, contra o maternal amor; Mas nela o sensual era maior. 32Progne crua! ó mágica Medeia!

O Progne crua, o magica Medea, Se em voſſos proprios filhos vos vingais Da maldade dos pais, da culpa alheia, Olhay que inda Tereſa peca mais: Incontinencia ma, cubiça fea, São as cauſas deste erro principais. Scilla por hũa mata o velho pay, Eſta por ambas, contra o filho vay.

Aqui Progne d'hum ramo em outro ramo, Co'o peito ensanguentado anda voando, Cibato para o ninho indo buscando; A leda codorniz vem ao reclamo Do sagaz caçador, que a rede estende, E pretende Com engano Fazer dano Á coitada, Qu'enganada D'huns esparzidos grãos de louro trigo, Nas mãos vai a cahir de seu imigo.

D'ouvir meu damno as rosas matutinas, Condoidas se cerrão, s'emmurchecem; Com meu suspiro ardente as côres finas Perdem o cravo, o lyrio, e não florecem. Co'a roxa aurora as pallidas boninas, Em vez de se alegrarem, s'entristecem: Deixão seu canto Progne e Philomena; Que mais lhes doe, que a sua, a minha pena.

No Touro entrava Phebo, e Progne vinha; O corno de Acheloo Flora entornava; Quando o Amor soltava Os fios d'ouro, as tranças encrespadas, Ao doce vento esquivas; Os olhos rutilando chammas vivas; E as rosas entre a neve semeadas; Co'o riso tão galante, Que hum peito desfizera de diamante. Hum não sei que suave respirando, Causava hum admiravel, novo espanto, Que as cousas insensiveis o sentião.

Palavra Do Dia

dormitavam

Outros Procurando