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Por Sécia ter sua mana, para onde vay estar dias, e noites huma com a outra, (e se he cazada com marido auzente melhor) trazendo no peito seu martyrio, para mostrar por Sécia anda toda martyrisada (talvez de dezejos) outras vezes saudades aos pares, senaõ he ás duzias, affectando que as tem; e pelos nomes lhes vay buscar a sua significaçaõ para o seu amor, e na realidade he com acerto; pois como flores que murchaõ, assim he a sua constancia. Alguma que se quer affectar mais firme (se he que naõ he mais varia) traz estas flores, por Sécia, de seda para mostrar ao seu amor a constancia: e se acaso este se ausenta, ou entre elles ha alguns arrufinhos, traz cousa preta, ou fumo; (que nisto tudo vem a dar estas quimeras, em huma pura fumaça) e coitadinho delle se se fia nella, pois tudo he huma mera Sécia. J

Debaxo deſte grande firmamento, Ves o ceo de Saturno Deos antigo, Iupiter logo faz o mouimento, E Marte abaxo bellico inimigo, O claro olho do ceo no quarto aſſento, E Venus, que os amores traz conſigo, Mercurio de eloquencia ſoberana, Com tres roſtos debaxo vay Diana.

Outras palauras tais lhe reſpondia O Capitão, & logo as vellas dando, Pera as terras da Aurora ſe partia, Que tanto tempo ha ja que vay buſcando: No Piloto que leua não auia Falſidade, mas antes vay moſtrando A nauegação certa, & aſsi caminha Ia mais ſeguro do que dantes vinha.

Com seu burro que vay buscar agoa ao chafariz, e se vay com seu carneiro branco inda vay mais Sécia: naõ dar esmolla a pobres por Sècia, porque quando lha chegaõ a pedir sempre lhes diz que tem muy bom corpo para trabalhar, para ter desculpa de os naõ favorecer.

Não foy do Rey Duarte tão ditoſo O tempo que ficou na ſumma alteza, Que aſsi vay alternando o tempo iroſo O bem co mal, o goſto co a tristeza: Quem vio ſempre hum eſtado deleitoſo? Ou quem vio em fortuna auer firmeza? Pois inda neſte Reino, & neſte Rey Não vſou ella tanto deſta ley.

Fugindo, a ſeta o Mouro vay tirando, Sem força, de couarde, & de apreſſado, A pedra, o pao, & o canto arremeſſando, Dalhe armas o furor deſatinado: Ia a Ilha, & todo o mais, deſemparando, Aa terra firme foge amedrontado. Paſſa, & corta do mar o eſtreito braço, Que a Ilha em torno cerca, em pouco eſpaço.

A Moura se despede do Romeyro So por representar honestidade, Que alli se detivera o dia inteyro, Segundo que isso pede a mocidade, Sobindo vay a Moura pello outeiro, Ligeiro, e com gram vellocidade, Porque parece que hia ja tardando, E teme que o tardar lhe vão notando.

Dambos de dous a fronte coroada Ramos não conhecidos & eruas tinha, Hum delles a preſença traz canſada Como quem de mais longe ali caminha, E aſsi a agoa com impito alterada Parecia que doutra parte vinha, Bem como Alfeo de Arcadia em Syracuſa Vay buſcar os abraços de Aretuſa.

E da outra ala que a eſta correſponde, Antão vazquez de Almada he Capitão, Que deſpois foy de Abranches nobre Conde, Das gentes vay regendo a ſestra mão, Logo não retagoarda não ſe eſconde, Das quinas & caſtellos o pendão, Com Ioanne Rey forte em toda parte, Que eſcurecendo o preço vay de Marte.

Logo ſegue a victoria ſem tardança, O grão Rei incanſabil, ajuntando Gentes de todo o Reino, cuja vſança Era andar ſempre terras conquiſtando, Cercar vay Badajoz, & logo alcança O fim de ſeu deſejo, pelejando Com tanto esforço & arte, & valentia, Que a fez fazer aas outras companhia.

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