Vietnam or Thailand ? Vote for the TOP Country of the Week !

Atualizado: 22 de julho de 2025


Em folha apensa, damos uma reprodução foto-zincográfica das primeiras páginas dos tres folhetos que levaram o snr. dr. Theóphilo Braga a fixar a data da primeira edição conhecida das Trovas de Crisfal em 1536. Se nos perguntarem se estamos dispostos a quebrar lanças para sustentar a antiga opinião do historiador da Litteratura Portugueza, responderemos, com toda a franqueza, negativamente.

O que não podemos admitir é que se procure agora determinar-lhe com precisão a data de 1542, com o simples fundamento de que n'esse ano estava em Roma o seu suposto autor... Alude o snr. dr. Theóphilo Braga ao facto de Camões empregar versos do Crisfal. A explicação, a nosso ver, é muito simples: Em Faria e Sousa, o insigne fabulista, autor muito da predilecção do snr. dr.

Continuando nas suas indagações, e apreciando demoradamente a obra supposta contemporanea de Cristovão Falcão, notou ainda o sr. Delfim Guimarães que era frequente de Miranda referir-se a Bernardim Ribeiro nas suas obras poeticas, havendo tambem allusões repetidas, nos versos d'este poeta, ao seu amigo e confidente. Ao auctor do Crisfal não notou a mais leve referencia.

Ora, sendo assim, vê-se que alguma cousa se ganhou com a publicação do nosso livro sobre o Poeta Crisfal, onde a paginas 176 escrevemos: «*Quanto a Cristovam Falcão de Sousa, moço fidalgo em 1527, por muito que se queira afastar a data do seu nascimento, não poderá esta ser fixada em ano anterior a 1510.

«Retratando o cuidado de Persio, diz Bernardim Ribeiro: Logo então começou Seu gado a emagrecer, Nunca mais d'elle curou, Foi-se-lhe todo a perder Com o cuidado que cobrou. «Em Christovam Falcão lê-se: Crisfal não era entam dos bens do mundo abastado, tanto como de cuidado, que por curar da paixão não curava do seu gado.

«A edição sem data, de Lisboa, podia ser feita por 1542, quando Cristovam Falcão estava em Roma; e quando Camões foi para Ceuta em 1547 na Carta que d'ali escreveu emprega muitos versos do Crisfal, que então andava no gostoCarta do snr. dr. Th. Braga. «A folha volante sem data diverge do texto de Colonia profundamente; basta observar as variantes entre as lições das estrophes 51 e 52.

«Os nomes pastoris que figuram n'esta écloga, obedecendo á ideia que fundamentou a composição, são todos êles crismas falsos, sendo dificil profundar quaes as personagens reaes que o poeta pôs em scena, o que deu lugar a erradíssimas interpretações, contribuindo para que tomasse vulto a lenda, que resultou do próprio anagrama Crisfal, que foi tomado como deduzido dos nomes de Cristovam Falcão

Ou não será isto o que a lógica permite conjecturar? Como ignoramos os processos inductivos da critica moderna, é possivel que estejamos em erro, e que da mesma ignorância resulte não alcançarmos o sentido das palavras do snr. dr. Que repetições? e que decadência? «Emfim ha dois schemas de paixão amorosa que se não confundem: o de Joana e Fauno, Aonia e Bimnarder, e o de Maria e Crisfal.

Vamos por partes: Foram os editores de Ferrara e Colónia que propagaram pela imprensa a lenda de que a paternidade da carta e ecloga de Crisfal era atribuida a Cristovam Falcão, e, fazendo-o, limitaram-se, com honestidade, a escrever: «que dizem ser... ao que parece aludir o nome da mesma ecloga». Ao contrário do que o snr. dr.

Quem sabe se a Joana do Crisfal não teria sido aquela encantadora Joaninha dos olhos verdes, que tanto enfeitiçou Garrett... Mas não; em caso contrário o autor das Viagens não deixaria de mencionar essa circunstância!

Palavra Do Dia

derretendo

Outros Procurando