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O rosto, coberto de ralos pellos que se juntam em ponta bipartida sobre o mento, é bem o de um fauno espicaçado pela animalidade da bérra. Revolve-se no chão, gemendo em ancioso deliquio de erotomano.

Aos pés de Deus dorme o vulto Do eterno tentador... N'aquella orgia, Se coubesse Deus, Deus rolaria Aos pés de Satanaz!...» Calou-se de repente e, meio occulto Do capitel nos rendilhados folhos, Ria cada vez mais, piscando os olhos, O fauno, o hereje audaz. Jesus, no entanto, immovel, silencioso, A fronte morta para o chão pendia, Na terrivel postura da agonia A que o forçára a cruz...

O Fauno, tendo n'uma das mãos uma frauta de Pan, ri brejeiramente para um amor que parece ter-se deitado na base a analysar aquelle typo tão caracteristico e tão bem delineado. E a Bachante com um exhuberante cacho d'uvas, tenta o outro amor que, deitado tambem, nos a impressão suave d'um delicioso bébé a quem uma nympha estivesse fazendo negaças com em brinquedo.

Na primeira são interlocutores Persio e Fauno; principia: «Nas selvas junto do mar», e consta de trinta e quatro estancias de dez versos cada uma. Na segunda são interlocutores Jano e Franco, principia: «Dizem que havia um pastor», e acaba: «Tambem tempo é tormento

Ou não será isto o que a lógica permite conjecturar? Como ignoramos os processos inductivos da critica moderna, é possivel que estejamos em erro, e que da mesma ignorância resulte não alcançarmos o sentido das palavras do snr. dr. Que repetições? e que decadência? «Emfim ha dois schemas de paixão amorosa que se não confundem: o de Joana e Fauno, Aonia e Bimnarder, e o de Maria e Crisfal.

Resta-lhe o expediente commum, e salva assim a honra das familias: é amoutar-se como fauno por entre as murtas e bosques de acacias, lobrigando aqui, e além, a caça estranha.

O centro, como muito bem diz o nosso amigo M. Oliveira Ramos, na memoria escripta expressamente para ser distribuida pela casa Leitão aos seus convidados, compõe-se d'uma taça oblonga de amplo bojo, enfunada para a base e recordando talvez na sua fórma, o casco dos nossos galeões do periodo aureo. De cada lado d'esta taça e como sentados no rebordo, ha duas figuras; um Fauno e uma Bachante.

Quanto a Fauno, nome pastoril que, em uma das éclogas, Bernardim ao seu amigo, confidente e colega Francisco de de Miranda, quer o snr. dr. Theóphilo Braga que seja a personificação do próprio B. Ribeiro, talvez para não confessar que nós acertamos na interpretação apresentada no Poeta Crisfal.

E, em contraste, como a desenhar o arabesco entre aquella floração de carne, diversamente colorida, volteava o anão, corpo curto, pernas rectas, movimentos perros mas certos, carne côr de cerveja, face de fauno que surgisse do bosque, avido de luxurias e se perdesse num labyrintho movediço de Belleza... Começaram as danças em homenagem aos manes da velha Hellada. A Athenas do vicio estava ali.

Ao lado do fauno sensual, do satyro coroado, que foi Francisco I, o qual para contrapor aos seus vicios innumeros teve sómente a vibrante sensibilidade para tudo que é bello; surge a Margarida das Margaridas, a encantadora, a diserta, a latinista, a intelligente rainha de Navarra. N'aquelle tempo saber latim não é um requinte de pedantismo, é uma exigencia da fina cultura.

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