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Atualizado: 22 de julho de 2025


Anselmo Braancamp Freire escreve em nota: «Sei que se trata de provar que a Ecloga de Crisfal não foi escripta por Christovam Falcão, mas por Bernardim Ribeiro, e que por tanto a heroina não é Maria Brandão, mas sim a mesma do romance Menina e Moça d'aquelle auctor». E accrescenta, que o sr.

E a admitir alguem, de reconhecida inteligência e critério, que o autor das cartas em prosa podia ser o poeta da Carta e da Ecloga de Crisfal, o mesmo equivaleria a aceitar como razoavel que Rosalino Candido pudesse firmar as obras do snr. dr. Theóphilo Braga, e que, consequentemente, o laureado professor de literatura fosse capaz de produzir a obra gigantesca de Victor Hugo.

Fôra pelas noticias genealogicas trazidas pelo snr. Braamcamp Freire sobre D. Maria Brandão que o snr. dr. Theóphilo Braga, conforme nos escrevia, se vira forçado a não insistir no nascimento do pseudo Crisfal no ano de 1497, se não antes! Mas como podia isto ser, se o trabalho do ilustre escritor invocado pelo snr. dr. Theóphilo ainda não fôra dado á estampa?

Ora na Carta de Crisfal, fala o poeta na prisão de amor que está sofrendo ha cinco anos... Logo, ou não ha lógica, uma das composições do suposto trovador foi elaborada pelo ano da graça de 1535, quando Bernardim havia três anos que fôra ferido pela desgraça que o levou ao hospital de Todos os Santos, onde veio a acabar seus desventurados dias em 1552.

Quanto ao par apaixonado, a referencia da 2.^a estrophe de «Crisfal»: «Sendo de pouca edade, não se ver tanto sentiam que o dia que se não viam, se via na saudade o que se ambos queriam». ligada á da 77: «a frol dos annos se vão», e á da 84: «Quando vos dei a vontade, inda vós ereis menina, e eu de pouca edade»,

Com este titulo e o sub-titulo de O Poeta Crisfal, tambem o distincto escriptor a cujo nome, tão merecidamente aureolado, fica feita referencia na rubrica anterior, publicou recentemente um interessante volume, apodado por esse proprio auctor de subsidios para a historia da litteratura portugueza, e que não é nem mais nem menos do que a demonstração a nosso vêr evidentissima, digam os mestres pilhados em deturpação o que quizerem, de que Bernardim Ribeiro e Crisfal são uma e a mesma pessoa, não sendo Crisfal pseudonimo de Christovão Falcão, mas sim um composto das primeiras sylabas das palavras Crisma falso, de que Bernardim Ribeiro fez uso.

Quanto a Fauno, nome pastoril que, em uma das éclogas, Bernardim ao seu amigo, confidente e colega Francisco de de Miranda, quer o snr. dr. Theóphilo Braga que seja a personificação do próprio B. Ribeiro, talvez para não confessar que nós acertamos na interpretação apresentada no Poeta Crisfal.

O facto, que é do dominio publico, é este: Christovão Falcão, que passava por auctor da ecloga «Crisfal», uma das joias da nossa litteratura, foi na realidade um mediocre fidalgo, incapaz de produzir aquella obra prima. O auctor d'esta foi, effectivamente, Bernardim Ribeiro, o meigo poeta das «Saudades» que serviu de modelo e estimulo a Luiz de Camões.

A extraordinaria semelhança de Crisfal a Bernardim, os mesmos lamentos, a mesma situação amorosa, os mesmos queixumes; a ausencia absoluta de noticias e referencias na obra de de Miranda e Bernardim ao poeta coevo e imitador, tudo isto deu a Delfim Guimarães a certeza de que Crisfal e Bernardim era o mesmo, , e altissimo poeta.

In terminis Não estamos sós no combate que tivemos a satisfação de iniciar em prol da obra de Bernardim Ribeiro. Ao nosso lado contamos a individualidade cheia de prestígio do snr. José Pereira Sampaio, que em breve defenderá em livro tese idêntica á nossa, demonstrando que o Poeta Crisfal é o bucólico Bernardim.

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