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Atualizado: 6 de junho de 2025


Conheço os signaes, e logo Animado da esperança, Busco dar hum desaffogo Ao cansado coração. Pégo em seus dedos nevados, E querendo dar-lhe hum beijo, Cubrio-se todo de pejo, E fugio-me com a mão. Tu, Marilia, agora vendo De Amor o lindo retrato, Comtigo estarás dizendo, Que he este o retrato teu.

Em vão busco na velha e hostil Cidade, Beata amante, de gangrenas cheia, As dispersas raizes da Verdade, Como uma flor n'um pateo de cadeia. Quando, alta noute, D. Juan passeia, Ella põe-lhe em leilão a mocidade, Tratada com a mystica anciedade Com que um sabio cultiva a flor da Idea. Mas, comtudo ninguem receia tanto O aspero Deus, e o lenho sacrosanto Da dorida tragedia do Calvario!

Ás vezes, a deshoras da noite, quando o firmamento escuro apresenta-se deserto das suas luzentes tauxiações risonhas, e a floresta da margem rebôa agitada pelo cadenciado barulho da possante machina, embalde busco pelo ceu do meu espirito certo par de estrellinhas annejas, que são os doces olhos petulantes de minha filha, fanaes da vida minha.

Oh! quem tanto pudera, que passasse A vida em sonhos , e nada vira... Mas, no que se não , labor perdido! Quem fôra tão ditoso que olvidasse... Mas nem seu mal com elle então dormira, Que sempre o mal peor é ter nascido! Não busco n'esta vida gloria ou fama: Das turbas que me importa o vão ruído? Hoje, deus... e amanhã, esquecido Como esquece o clarão de extincta chama!

Em vós minh'alma s'embebece toda; Mas o caro protótypo... a consorte... Onde está, onde está? de balde a busco. Ah! que vive nos Ceos. D'agora em diante Hão d'ir todos alli meus pensamentos Purificar-se do terreno lôdo.

Esse amor que venturas faz gosar? Ha outro, mais celeste, mais eterno, Que, se o busco com , não quer fugir-me, Nem , em vez de goso, negro inferno. esse hei-de buscar, e confundir-me Na essencia do amor, puro, sempiterno... Quero n'esse fogo consumir-me! Ignoto Deo. Vai-te, na aza negra da desgraça, Pensamento d'Amor, sombra d'uma hora, Que estreitei tantos seclos, vai-te embora!

Responde o monte concavo a meus ais, E tu como aspid, cerras-lhe o ouvido; Os indomitos feros animais, Sem humano sentir, mostrão sentido: Mas em ti minhas dores desiguais Nunca movem o peito endurecido: Por muito que te chame, não respondes; E quanto mais te busco, mais t'escondes.

Queria que se escondesse, que se não deixasse tocar por mim, como um arcano divino. Quem podesse viver sempre illudido! Oh! verdade! verdade! para que vens agora, que te não busco, acordar-me tão cedo do sonho doirado? A multidão dispersou-se ao vir da noite; eu fui seguindo para onde ella habitava.

Não busco a morte com arma ou veneno, Mas emfim póde vir quando quizer. Eu estarei de , firme e sereno, Sorrir-lhe-hei até, quando vier. Tristes vaidades d'este pobre mundo! me parecem taes como ellas são: Tristes mizerias deste mar sem fundo. Se tive algumas eu, na mocidade, Não foram ellas mais que uma illuzão. E um dia eu ri da minha ingenuidade! Lisboa, janeiro, 1898.

Atravesso, no escuro, a nevoa fria D'um mundo estranho, que povôa o vento, E meu queixoso e incerto sentimento das visões da noite se confia. Que mysticos desejos me enlouquecem? Do Nirvâna os abysmos apparecem, A meus olhos, na muda immensidade! N'esta viagem pelo ermo espaço, busco o teu encontro e o teu abraço, Morte! irman do Amor e da Verdade!

Palavra Do Dia

carôço

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