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Atualizado: 6 de junho de 2025


Deglutindo truculentamente, um velho frade, saturado do mundo, dirá para o fundo do prato com os seus botões: Que mulher conheci eu por que valesse esta bella petisqueira d'Alcobaça? Assim João Penha, como o bernardo guloso, exclama no soneto: Cantai-me a vida, e o sonho transitorio! Cantai, emquanto á dor busco remedio Nos vastos caldeirões do refeitorio.

Por ceu, por mar e terras procuramos O Espirito que enche a solidão, E a propria voz na immensidão Fatigada nos volve... e não te achamos! Ceus e terra, clamai, aonde? aonde? Mas o Espirito antigo responde, Em tom de grande tedio e de pezar: Não vos queixeis, ó filhos da anciedade, Que eu mesmo, desde toda a eternidade, Tambem me busco a mim... sem me encontrar!

Para soffrer nasci; abraço a minha cruz; busco o tormento... Não devo extranhar os espinhos da desdita. Quem foge á sua sorte? Oh! Deus... concedei-me um raio de esperança e talvez volte a ser feliz. A minha voz não canta, hoje suspira e geme.

Mais o ouro escondeu no abysmo, e sombra, Devendo ser do mérito a corôa, Quasi sempre he do crime o premio, e causa. Mas eu duros metaes deixo nas sombras: Distem pouco do Inferno, eu busco o quadro, Que em sua face a Natureza mostra.

Mil vezes determino não vos ver, Por ver se abranda mais o meu penar: E se cuido de assi me magoar, Cuidai o que será, se houver de ser. Pouco me importa ja muito soffrer, Despois que Amor me poz em tal lugar; E o que inda me doe mais he cuidar, Que mal sem esta dor posso viver. Assi não busco eu cura contra a dor, Porque, buscando alguma, entendo bem Que nesse mesmo ponto me perdi.

O sabio antigo andou pelas ruas d'Athenas, Com a lanterna accesa, errante, á luz do dia, Buscando o varão forte e justo da Utopia, Privado de paixões e d'emoções terrenas. Eu tambem que aborreço as cousas vãs, pequenas E que mais alto puz a Philosophia, Ha muito busco em vão ha muito, quem diria! O mais cruel ideal das concepções serenas.

Na phantasia te pinto, Fallo-te, responde o monte, Busco o rio, busco a fonte, Endoudeço, e não o sinto: Domingas no valle brado, Responde o eco Domingas; E tu inda te não vingas De me ver doudo tornado! Se a alma ver-se não póde Onde pensamentos ferem, Que farei para me crerem? Voltas. Se n'alma huma ferida Faz na vida mil sinais, Tanto se descobre mais, Quanto he mais escondida.

Palavra Do Dia

carôço

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