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Mas agora, com os senhores liberaes, tinha de vêr aquelle miseravel escrevente a seis vintens por dia apoderar-se-lhe da rapariga e elle, sacerdote instruido, que podia ser bispo, que podia ser Papa, tinha de vergar os hombros e ruminar solitariamente o seu despeito! Ah! se as maldições de Deus tinham algum valor malditos fossem elles!

Atravessando a ponte, por onde enxurrava quasi uma torrente, o viajante procurou orientar-se. Ajudou-o uma luz ao longe. Seguindo por ella, no fim de dez minutos encontrou-se junto do vulto massiço de um palacio arruinado, solitariamente erguido no meio das terras, e olhando quasi como sentinella esquecida para um angulo da estrada.

Quem procura sempre encontra, diz um velho proverbio; quero ver por experiencia, disse um dia um rapaz, se esta maxima é verdadeira. Poz-se a caminho, e foi apresentar-se ao governador d'uma grande cidade. Senhor, disse-lhe elle, ha muitos annos que vivo tranquillo e solitariamente, e a monotonia fatigou-me. Meu amo disse-me muitas vezes Quem procura sempre encontra, e quem porfia mata caça.

Confessava porém, como Oliveira Martins, que Fradique era o portuguez mais interessante e mais suggestivo do seculo XIX. E correspondia-se regularmente com elle mas para o contradizer com acrimonia. Uma noite, depois da Opera, fui cear solitariamente ao Bignon.

Depois a divina Elisa casou e continuou habitando a Parreira com o seu Tôrres Nogueira, no confôrto e sossêgo que gozara com o seu Matos Miranda. No meado do verão José Matias recolheu do Pôrto a Arroios, ao casarão do tio Garmilde, onde reocupou os seus antigos quartos, com as varandas para o jardim, florido de dálias que ninguêm tratava. Veio Agosto, como sempre em Lisboa silencioso e quente. Aos domingos José Matias jantava com D. Mafalda de Noronha, em Bemfica, solitariamente porque o Tôrres Nogueira não conhecia aquela venerada senhora da Quinta dos Cedros. A divina Elisa, com vestidos claros, passeava

Ando aqui como perdido. E acredita, quando me demoro, são uns passeios tristonhos por esses jardins, pela Rua Grande... Ainda te lembras da Rua Grande?... Vou envelhecendo muito solitariamente, meu Gonçalo! Gonçalo murmurou, por concordancia, sympathia renovada: Eu tambem m'aborreço na Torre... Mas tens outro genio!... E eu realmente sou um elegiaco.

E os tres amigos, em fila, atravessaram a sala de jantar, onde o vozeirão do Titó ainda ribombou, louvando a esteira nova de côres. No corredor, Videirinha espreitou para a Livraria, notou o molho de penas de pato espetado no velho tinteiro de latão, que esperava, rebrilhando solitariamente sobre a mesa nua sem papeis nem livros.

Ainda com uma desconfiança, uma reserva supersticiosa, o Fidalgo desejou atravessar esse dia muito solitariamente, quasi escondido, e no sabbado, em quanto todos os amigos de Villa-Clara, mesmo os d'Oliveira, o consideravam estabelecido nos Cunhaes, e em communicação azafamada com o Governo Civil, montou a cavallo ao escurecer, e trotou surrateiramente para Santa Ireneia.

Mas estimularia a sua reserva e o seu desconfiado recato: e agora que André se afastára para Lisboa, operaria n'ella, surdamente, solitariamente, sem que a presença tentadora lhe desmanchasse a influencia socegadora e salutar. Assim o torpe papel aproveitava a Gracinha como um aviso temeroso pregado na parede.

E durante dez anos, como o Ruy-Blas do vélho Hugo, caminhou, vivo e deslumbrado, dentro do seu sonho radiante, sonho em que Elisa habitou realmente dentro da sua alma, numa fusão tam absoluta que se tornou consubstancial com o seu ser! ¿Acreditará o meu amigo que êle abandonou o charuto, mesmo passeando solitariamente a cavalo pelos arredores de Lisboa, logo que descobrira na quinta de D. Mafalda, uma tarde, que o fumo perturbava Elisa?

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