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Deu dinheiro ao Matias para uma guitarra nova; depois, num largo gesto altaneiro, ao grupo: Bem! adeus! Ainda vos hei-de fazer abrir os olhos. E desandou bruscamente, perante a indiferença burlona da assistência.

O guitarrista? Ah, isso há-de ser ali assim o Matias gingão. Matias! ó Matias! Adrega aqui, demónio!

Mas um dia, a terra, para o José Matias, tremeu toda, num terramoto de incomparável espanto. Em Janeiro ou Fevereiro de 1871, o Miranda, debilitado pela diabetes, morreu com uma pneumonia. Por estas mesmas ruas, numa pachorrenta tipóia de praça, acompanhei o seu entêrro numeroso, rico, com Ministros, porque o Miranda pertencia

Meu caro amigo! os meses cerimoniais de luto passaram, depois outros, e José Matias não se arredou do Pôrto.

E ainda, da suja promiscuìdade da 3.^a classe, não deixou de vir humildemente o Matias, na companhia confortante de mais dois patrícios, a demandarem interesseiros o Silveira, confiados na sua espontânea promessa de protecção, para lhe pedirem numa lacrimosa lamúria que não os olvidasse, e desejando saber onde haviam de procurá-lo.

Mas o meu amigo, numa ocasião que o José Matias parou em Coímbra, recolhendo do Pôrto, ceou com êle, no Paço do Conde! Até o Craveiro, que preparava as Ironias e Dores de Satan, para acirrar mais a briga entre a Escola Purista e a Escola Satânica, recitou aquele seu soneto, de tam fúnebre idealismo: Na jaula do meu peito, o coração... E ainda lembro o José Matias, com uma grande gravata de setim preto tufada entre o colete de linho branco, sem despegar os olhos das velas das serpentinas, sorrindo pálidamente

Ó fidalgo, é que a minha pobre guitarra está um chanfalho vélho, e eu mesmamente de políticas nada entendo... E, estimulado pela olhada atrevida que o homem do cachimbo lhe mandava, o Matias acentuou com firmeza: E é como está certo, sim! Que essa gente graúda, com o devido respeito, faz tam pouco caso de nós, que ainda o menos que nós podemos fazer é pagar-lhe na mesma moeda.

Acolheu-o o Silveira numa efusiva expansão de agrado, ameigando a voz, erguendo os braços. Ora viva ! meu caro Matias. Em bem o diga e bem lhe tambêm, senhor, murmurou com humildade o recêm-vindo. Algarvio? De Fornos de Algodres, fidalgo. E p'ra onde se dirige vocemecê? Argentina ou Brasil? Com sua licença, vou-me até

De todas as materializações da simpatia, nenhuma mais grosseiramente material do que a casimira preta. E o homem que nós vamos enterrar era um grande espiritualista! Vem o caixão saíndo da Igreja... Apenas três carruagens para o acompanhar. Mas realmente, meu caro amigo, o José Matias morreu seis anos, no seu puro brilho.

Santo Deus! estamos em Santa Isabel! Como êstes lagóias vão arrastando depressa o pobre José Matias para o e para o verme final! Pois, meu amigo, depois dessa curiosa noite, o Tôrres Nogueira morreu. A divina Elisa, durante o novo luto, recolheu

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