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Tinha eu treze annos, quando um quintanista de direito, Manuel do Nascimento de Azevedo Coutinho, natural de Sinfães, passando pelo Porto, recitou em casa de meu pai trechos de um poema que, segundo a sua propria informação, estava causando o maior enthusiasmo em Coimbra.

Foi que recitou muitas das suas novas poesias, com o primor que elle sabia dar á recitação. Burilador da phrase, um esmaltador do verso como Gautier o fôra da prosa, Crespo fazia sentir, quando recitava, todas as bellezas, por mais subtis que fossem, do seu buril de artista.

Recitou o poeta da boticaria, que se chamava o padre Mesquita, que lidava em torneio de murros com o Mormo em todos os outeiros.

Lagarde escutára com attenção o depoimento lucido e conciso, que o Sapo, sem trepidar, lhe recitou, como licção aprendida de cór, admirando a prodigalidade, com que a natureza favorecêra este ente quasi disforme e rachitico, que, encarado á primeira vista, não promettia, senão fraqueza e estulticia.

«o monumento commemorativo da visita de Castilho, «principe da lyra portugueza», a S. Miguel de Seide, em julho de 1866As relações de amizade entre Camillo e Castilho começaram em 1854, no Porto. Foi nesse anno e n'aquella cidade que pela primeira vez se encontraram os dois em casa do Sr. Camillo recitou versos de Um Livro.

O padre Amaro, curvado quasi ao ouvido da entrevada, exhortava-a a que se abandonasse á Misericordia divina; mas, vendo que ella não comprehendia, ajoelhou, recitou rapidamente o Misereatur; e no silencio, a sua voz erguendo-se nas syllabas latinas mais agudas, dava uma sensação de enterro que enternecia, fazia soluçar as duas senhoras.

Foi um grande susto; inundaram-lhe a cama d'agua; Amaro, por prudencia, recitou os exorcismos... E Amelia desde então resolveu «deixar a fera em paz». Não tentou mais ensinar-lhe o alphabeto, nem orações a Sant'Anna. Mas, por escrupulo, iam sempre ao entrar vêl-a um instante. Não passavam da porta da alcova, perguntando-lhe d'alto «como ia». Nunca respondia.

As meninas subiram, praguejando a superiora, especialmente Maria Elisa que recitou uma ladainha de titulos em que os menos insolentes eram camafeu, trôxa de ovos e santopêa. Quando passavam no dormitorio, espreitaram pela fechadura de uma porta, e fungaram com riso. Deixa-me vêr a mim disse Elisa. Agora eu. Um bocadinho a mim. Que vês?

Riu-se a morgada quando aquelle Santo Antonio do seculo XIII recitou ás raparigas uma poesia madrigalêsca de Braz Martins, bom homem que esteve quasi a regenerar o theatro nacional como elle deve ser. A poesia resava assim n'esta prosa innocente: Mimosa nasce a flor e vive ainda, Se arrancada não foi logo ao nascer; Assim a virgem nasce e vive pura, Se o vicio não trabalha p'ra perder.

Em junho e julho de 1867 concorreu S. Ex.ª a Roma para assistir ás festas do centenario de S. Pedro e canonisação de alguns sanctos. Em certo dia o soberano recitou na capella sixtina um como discurso do throno ao qual é de estylo responderem os bispos como uma saudação a S. Santidade.