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N'estes errores do espirito se consumiram os cinco annos que Claudio passou em Coimbra; ao fim d'elles era necessario voltar a Villalva.

Coimbra, a cidade das melancolicas margens do Mondego, a que as lagrimas de Ignez tornaram lendario e querido dos poetas, a Coimbra dos estudantes... Antiga e nobre cidade, como de Miranda lhe chamou em uma das suas Cartas, a dirigida a Pero de Carvalho. Da antiga e nobre cidade Som natural, som amigo. Cidade cuja belleza maravilhosa sempre amou e louvou com o carinho de filho amantissimo.

Se v. ex.^a verificasse quaes tem sido no ultimo decennio as importações dos livros belgas; se examinasse os catalogos dos livreiros de Lisboa, Porto e Coimbra, comparando-os com os catalogos dos diversos estabelecimentos typographicos de Bruxellas, convencer-se-hia de que não compramos livros maus á Belgica; de que nem sempre o trabalho da imprensa é alli apllicado ás obras de simples distracção, e de que não raro os prelos belgas reproduzem os escriptos graves e uteis, postoque, na verdade, em proporção inferior, e provavelmente mais de uma vez com perda.

Ha 153 annos que um bando de estudantes, em Coimbra, acaudilhado pelo mais intrepido e de peores entranhas, começando por espancar os archeiros e rondas nocturnas, acabou por matar quem lhe offerecesse reacção. Chamavam-se do e não da Carqueja, como escrevem todos os que relembram a funesta existencia d'aquelles rapazes perdidos.

Voltava a Coimbra, pensaria o que tinha a fazer. Entregou a casa á irmã e partiu. Em Coimbra, sentiu-se ainda peior. Desde que tinha chegado, succediam-se sem interrupção as visitas de gente fina que vinha trazer-lhe consolações banaes, em palavras que no correr do dia ouvia innumeras vezes. Breve voltou a Villalva.

Esqueça-se de mim, esqueça-se de mim, foi o singelo pedido com que respondeu a todos os rogos e protestos apaixonados de Claudio que a deixou assegurando-lhe que ia voltar a Coimbra e que havia de procurar esquecel-a. Bem sabia que não poderia fazel-o, que isso não dependia da sua vontade, mas queria deixal-a tranquilla, sentindo-se feliz pelo sacrificio. Interiormente, quasi estava contente.

A avó, tendo imparcialmente approvado estas embrulhadas linhas d'educacão, decidiu de repente, quando Carlos completou dezeseis annos, mandal-o para Coimbra que ella considerava um nobre centro d'estudos classicos e o derradeiro refugio das Humanidades.

E Deus queira que seja o ultimo!... Tanto tenho pedido ao Senhor dos Passos que lhe remedio a essa paixão!... O peor futuro eu que ainda está por passar... Não, menina, isto acaba assim: eu vou para Coimbra, logo que esteja bom, e a menina da cidade fica em sua casa. Se assim fôr, prometti dois arrateis de cêra ao Senhor dos Passos; mas não me diz o coração que v. s.^a faça o que diz...

Coimbra!... hão de descobril-a de longe, vestida de branco, morbida, formosa, voluptuosa, modesta, a metter seus pés de marmore na prata do Mondego; a devassar o seio das nuvens com o capacete da sua torre, como se fôra estatua de Minerva; com seus braços estendidos a afogarem-se em açafate de esmeraldas; com a sua ponte orlada de vultos negros, que se debruçam na corrente como os salgueiros da margem; com a cintura azul de mil outeiros, que ao longe fecham o seu largo horisonte; com toda esta belleza, este encantamento, esta feminidade de donzella, esquecida na relva d'um prado a tanger um hymno d'amor, com os olhos no céo!

Quando o velho pae de D. Maria Francisca morreu, o Albuquerque veio com ella a Vizeu; mas ao fim de poucos dias, tristemente convencido de que a fortuna a herdar ficava muito áquem do que lhe tinham annunciado, deixou-se ganhar pelas saudades dos seus prazeres habituaes e apressou-se a voltar a Coimbra onde agora tinha uma amante, rapariga do povo, travessa e maliciosa, muito cubiçada dos estudantes, e que possuia o condão de despertar em D. Pedro os mais insoffridos ciumes.

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