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Ao cheiro da gordura e da linguiça com ovos, desabaram moscas do tecto de maceira, onde jaziam mortas gerações e gerações, o ventre inchado, avivado de cintas brancas, presas umas nas bambinelas de teias de aranha, suspensas outras pela tromba á cal do forro, que sustentava a telha, apoiando-se ás pernas de asna, firmadas por sua vez no friso onde amadureciam maçãs, e nas grandes traves em que curavam aboboras.

O Santo Christo era, como hoje é tambem para nós, o seu passeio favorito nas tardes melancolicas d'outomno estação de tristezas e desalentos, que morre lentamente em cada folha que se desprende das arvores, lagrimas silenciosas da natureza, que em breve será de luto, quando o inverno vier implacavel... Em frente, a verde cortina dos pinheiros mansos esconde o antigo convento de Maceira Dão.

Arthur Baldaque da Silva, no seu precioso livro Estado actual das pescas em Portugal, enumera ainda, entre os diversos typos de embarcações empregadas em varios systemas de pesca, o batel de Espozende, o barco de Vianna do Castello, a barquinha do rio Lima, a bateira da Figueira da Foz, a lancha de Buarcos, a lanchinha do Tejo, o ilhavo da Tarrafa, o batel de Peniche, o cahique e a lancha de Peniche, os poveiros de Lavos, de Buarcos, da Nazareth, de Cascaes, de Cezimbra, de Setubal; o catraio, a mais genuina embarcação portugueza da nossa costa meridional, a caçadeira e a focinheira de porco da Ericeira, a maceira da costa do Norte, o cahique de Sines, o barco minhoto, construido em Lanhellas e em Forcadella, o batel do Cavado, o barco do Douro, o esgueirão da ria de Aveiro, a lancha de Villa Franca, a bateira do Mondego, a lanchinha e a chata do Tejo, e outros do continente, sem contar os barcos de cabotagem, os typos da Africa, dos Açores, da ilha da Madeira, não descriptos, infelizmente.

Sobranceira a esta elevação, enlaçando-se os montes, e empinando-se uns por cima dos outros, corre a serrania, a qual em ondulações, mais ou menos asperas, se prolonga quasi a beijar o mar, abraçando do lado de oeste todo o espaço comprehendido entre a margem esquerda do Maceira e a orla da costa.

Tambem a Fornos de Maceira Dão, a esse cantinho da Beira que parecia dever estar esquecido, guardado pelos matagaes e serranias bravas, chegou o desvariado clamôr, o tremendo grito: «Os francezes, os francezes!...» a pôr em fuga toda a familia da Clarinha era assim chamada ha oitenta e seis annos a minha boa tia Clara.

E entre os mais o meu amado A que ha-de ser comparado? Vês tu no bosque a maceira?

Tenho ainda no meu ouvido o som inolvidavel da sua vózinha quebrada dizendo serena e sorridente: «assisti ás ultimas endoenças no convento de Maceira Dão!...» E tudo morto n'esse passado cheio de poesia, visto assim de longe, evocado pelo seu espirito bondoso!... Mas a desvairada fuga aos francezes é que eu, mais do que tudo, gosto de lhe ouvir contar.

As posições occupadas por Wellesley eram seguras e pouco accessiveis. O Vimeiro assenta-se no regaço de um valle banhado pelas aguas do Maceira. Ao norte altea-se em seios sinuosos um ramal de collinas, cortado da parte de leste por uma quebrada rota em largo barranco. A estrada da Lourinhã atravessa por cima dos cabeços d'esta cordilheira passando pelos casaes de Fontanel e da Ventosa.

Mas sir Harry Burrard, tenente general mais antigo, e segundo commandante das tropas britannicas, afferrou no dia 20 de agosto a enseiada de Maceira, e Wellesley foi immediatamente a bordo conferenciar com elle, e expor-lhe o verdadeiro estado das operações. Sir Harry não formava exacto juizo das forças de Junot, nem sabia apreciar as difficuldades, que podiam oppor-lhe. Ignorava tudo.

Outra vez que succeda, todos para a rua... E quem resmungar, a cacete! A sua face chammejava, alta e valente. A pequena da Crispola logo se escapulira, encolhida, para o recanto da cosinha, para traz da maceira. Os dois moços, erguidos, vergavam como duas espigas sob um grande vento.

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