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Terminado o meu toilet, a que assistia o meu criado de quarto Catraio, guardava elle cuidadosamente tôdos os objectos de que eu me tinha servido, e vinha apresentar-me os chronòmetros, thermòmetros e baròmetro. Dava corda, e comparava os primeiros, registrava as indicações dos segundos. A esse tempo o meu muleque Pépéca tinta feito o chá, e vinha apresentar-m'-o.

A 22 de manhã, mandei transportar o meu barco de cautchuc ao rio, fiz levantar campo, e tendo entregue o commando da comitiva ao Verissimo, dirigi-me ao barco, que tripulei com dois muleques pequenos, o meu Catraio, e outro pequeno de 12 annos, chamado Sinjamba, filho de um carregador Biheno, que escolhi por falar bem a lìngua Ganguela, e poder servir-me de intèrprete, se isso fôsse preciso.

La fora, Augusto, Verissimo, Camutombo, Catraio, Moêro e Pépéca, e as mulheres dos muleques, estavam silenciosos e pasmados olhando uns para os outros. Não pude conter uma gargalhada. O que me admirava ali, era ver Augusto, o Verissimo e Camutombo ao pe de mim.

Arthur Baldaque da Silva, no seu precioso livro Estado actual das pescas em Portugal, enumera ainda, entre os diversos typos de embarcações empregadas em varios systemas de pesca, o batel de Espozende, o barco de Vianna do Castello, a barquinha do rio Lima, a bateira da Figueira da Foz, a lancha de Buarcos, a lanchinha do Tejo, o ilhavo da Tarrafa, o batel de Peniche, o cahique e a lancha de Peniche, os poveiros de Lavos, de Buarcos, da Nazareth, de Cascaes, de Cezimbra, de Setubal; o catraio, a mais genuina embarcação portugueza da nossa costa meridional, a caçadeira e a focinheira de porco da Ericeira, a maceira da costa do Norte, o cahique de Sines, o barco minhoto, construido em Lanhellas e em Forcadella, o batel do Cavado, o barco do Douro, o esgueirão da ria de Aveiro, a lancha de Villa Franca, a bateira do Mondego, a lanchinha e a chata do Tejo, e outros do continente, sem contar os barcos de cabotagem, os typos da Africa, dos Açores, da ilha da Madeira, não descriptos, infelizmente.

Seguìamos o rasto do pesado carro, quando mui pròximo divisámos um nêgro sentado junto ao caminho. Ao acercar-nos d'elle eu conheci-o. Era o meu muleque Catraio. Caminhou para mim, trazendo nas mãos um objecto volumoso, e ao abeirar-me, disse-me, "Sinhô, as chaves para tirar os relogios da mala, que sam horas de dar corda."

Á hora precisa, chamava o Catraio, que me trazia os instrumentos, e usando eu de um thermòmetro de funda, que pertencêra ao infeliz Barão de Barth, quando eu fazia girar o thermòmetro, juntavam-se sempre a distancia tôdos os carregadores Bihenos, que contemplavam pasmados aquella operação, que eu repetia tôdos os dias, e elles tôdos os dias vinham contemplar pasmados.

Catraio, que não acreditava muito que um branco fôsse bom, e que desconfiava mais da brandura do meu trato do que das pancadas habituaes, julgou ter descoberto a minha maneira de castigar uma falta, e o espêto de pao e a fogueira aterráram-n-o.

Catraio até ali tinha sido levado á pancada, eu resolvi tratal-o por bons modos, nunca lhe falei na sua vida passada, nunca lhe fiz uma recriminação.

O Augusto, Moero e Catraio, com as duas mulheres, seguíram por terra, acompanhados do caçador Jasse e do chefe Mutiquetéra, mandados por Lobossi, para seguirem comigo, e irem dando as suas ordens aos chefes, a fim de ter o caminho livre.

O missionario ficou sorprendido com o cuidado do prêto. Ali, como em Embarira, Catraio tinha impedido os chronòmetros de pararem, como durante as minhas mais graves doenças o tinha feito. Catraio fôra educado por um Portuguez, que desde pequeno lhe conheceu a bossa da velhacaria, e que têve o cuidado de lh'-a desenvolver á pancada.

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