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Sem desmontar, sem surpresa ante a apparição do Barrôlo, Gonçalo atirou logo para a varanda a historia da bulha, tumultuosamente. Um malandro que o insultára... Depois outro, que desfechou a caçadeira... E ambos derribados sob as patas da egoa, n'uma poça de sangue... O Barrôlo despegou da varanda e n'outro relance, investia pelo pateo, com os curtos braços a boiar, enfiado.

O mesmo post-scriptum ainda dizia e com c cedilhado que não pensasse mais n'ella caso eu não lhe quizesse responder; porém, incitava-me á indisciplina com mais passeios aos pinheiros e merendas no bosque e pescas ao candeio, emfim aquella pouca vergonha toda que tinha custado um tiro de arma caçadeira no ouvido do primo d'ella que recitava monólogos de João de Deus e glosava todos os pensamentos com a condição do faroleiro o acompanhar á guitarra.

N'um relance surprehendeu o sorriso, a attenção galante do Fidalgo. E estacou, pregando sobre elle, com lenta arrogancia, os bellos olhos pestanudos. Depois passou desdenhosamente, sem se arredar da egua na ladeira estreita, quasi raspando pela perna do Fidalgo o cano da caçadeira. Mas adiante ainda atirou uma tossidela secca e de chasco com um bater mais petulante dos tacões.

Por qualquer parte que então se caminhe, ainda que se não veja povoa nem viva alma, duas coisas se hão-de ouvir infallivelmente: uma é rir e apupar; toda a serra parece estar florejando gargalhadas; a outra são descargas de espingardaria. Ninguem tem caçadeira velha em termos de dar fogo, que não saia com ella a salvar.

Gonçalo ainda o manteve assim um momento, supplicante, a tremer, sob o justiceiro faiscar dos seus olhos: e gosava soberbamente aquellas callosas mãos que se erguiam para a sua misericordia, invocavam o nome de Ramires, de novo temido, repossuido do seu prestigio heroico. Depois, recuando a egoa: Esse malandro do rapazola desfechou a caçadeira!... Vossê tambem não tem boa cara!

Em tempos do avô Tructesindo, villão de tal attentado assaria, como porco montez, n'uma ruidosa fogueira, deante das barbacans da Honra. Ainda em dias do bisavô Ignacio apodreceria n'uma masmorra. E o Casco não podia escapar sem castigo. A impunidade lhe incharia a audacia: e assomado, rancoroso, n'outro encontro, sem mais fallas, desfechava a caçadeira.

Desde rapaz que uma lenda de valentia se fizera na sua vida: contavam-se proezas, desde uma vez que varrera uma feira, por causa de eleições. Depois, bom olho para a caçadeira. Duma ocasião, que foi preciso dar montaria aos ladrões, portou-se como um leão, foi ele que deu voz de preso ao chefe da quadrilha. E como foi que lha deu? A frase ficou lendária: Como-te a alma se te mexes!

Depois, elle, encafuou o revólver na algibeira, desenterrou do armario do corredor um velho bengalão de cabo de chumbo entrançado, agarrou um apito. E assim precavido, aquecido pelo Verde e pelo Alvaralhão, com os dous creados de caçadeira ao hombro, importantes e tesos, partiu para Villa-Clara, procurar o Snr. Administrador do Concelho. A noite envolvia os campos em socego e frescura.

Quando descesse agora pela estrada de Ramilde, bem poderia o velho correr ao casebre, agarrar outra caçadeira, desfechar traiçoeiramente. E então com a presteza d'espirito que a lucta afiára concebeu contra qualquer emboscada, um ardil seguro. E até n'um relance sorrio recordando «traças de guerra», de D. Garcia Viegas, o Sabedor. Marche deante de mim, sempre a direito, pela estrada!

Sumiu-se-me a perdigueira Alli n'aquella ladeira, Não me fazeis o favor De me dizer se a bréjeira Passou aqui a ribeira? Olhai que d'essa maneira Até um dia, senhor, Perdereis a caçadeira, Que ainda é perda maior. Que me importa, lavadeira! Aqui na minha algibeira Trago dobrado valor. Assim eu fôra senhor De levar a vida inteira a vêr o meu amor Lavar roupa na ribeira...

Palavra Do Dia

resado

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