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Gonçalo, esse, era bacharel formado com um R no terceiro anno. E n'esse anno justamente se estreou nas Lettras Gonçalo Mendes Ramires.

Assim, com arremessados passos, exclamára Mendo Paes, tão acalorado do esforço e da emoção, que duas vezes encheu de vinho uma conca de pau e d'um trago a despejou. Depois, limpando a bocca ás costas da mão tremula: Ide por certo a Monte-mór, senhor Tructesindo Ramires!

O Snr. Gonçalo Mendes Ramires, Duque de Galiléa e d'Além-Jordão!... Era simplesmente de rebentar! Cavalleiro protestou, com sympathia: Ora essa! Por que? Não acredite! acudiu, com os olhos coruscantes, D. Maria Mendonça. O primo Gonçalo, com todas estas graças, no fundo, é muitissimo aristocrata... Mas terrivelmente aristocrata!

E direita como n'uma arena, com a temeridade simples e risonha dos antigos Ramires, esperou a arremettida das manas terriveis.

Era o seu quarto de solteira, claro e fresco sobre o pomar, onde ainda se conservava o seu leito de linda madeira embutida, um toucador illustre que pertencera á Rainha D. Maria Francisca de Saboya, e o sophá, as cadeiras de casimira clara em que Gracinha bordára, n'um arrastado labor d'annos, o Açor negro dos Ramires.

Quem assim chegava em dura pressa era Mendo Paes, amigo de Affonso II e mordomo da sua Curia, casado com a filha mais velha de Tructesindo, D. Theresa aquella que, pelo ondeante e alvo pescoço, pelo pisar mais leve que um vôo, os Ramires chamavam a Garça Real.

A quem, com mais seguro direito do que a elle, Ramires, pertencia a memoria dos Ramires historicos? A resurreição do velho Portugal, tão bella no Castello de Santa Ireneia, não era obra individual do tio Duarte mas dos Herculanos, dos Rebellos, das Academias, da erudição esparsa.

Deslumbrado, José Castanheiro atirou os magrissimos braços, resguardados pelas mangas d'alpaca, até á abobada do esguio corredor em que o recebera: Sublime!... A Torre de D. Ramires!... O grande feito de Tructesindo Mendes Ramires contado por Gonçalo Mendes Ramires!... E tudo na mesma Torre!

André Cavalleiro, recomeçára com soberba impudencia a cortejar Gracinha Ramires, de longe, mudamente, em olhadellas fundas, carregadas de saudade e langor, procurando agora apanhar como amante aquella grande fidalga, aquella Ramires, que desdenhára como esposa!

Era Gonçalo Mendes Ramires, da casa de Ramires! Mil annos de nome e de solar! Dominava bem acima de Oliveira, de todas as suas Louzadas. E não pelo nome, louvado Deus, mas pelo espirito... O André era seu amigo, entrava em casa de sua irmã e Oliveira que estoirasse!

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