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E, no alto da torre de menagem, estendendo o braço direito no ar: Aquelle logar chama-se assim; aquelle monte chama-se assado. Acolá era a Quinta das Flores, para regalo das rainhas. Aqui, n'este mesmo sitio, esteve a Senhora D. Maria Pia de Saboya. Eu vinha da caça tambem com o meu fato de caçador, ainda a pensar nas perdizes. E chamaram-me de cima: era o Pindella. Que sua magestade queria fallar-me. Tudo menos isso: estou em fato do caçador. Que assim mesmo havia de ser. E foi... Olhe : aquelle azul, além?

«Sobre a tarde, fomos vêr o convento da Esperança onde a rainha esteve encerrada seis mezes quando deixou o rei que está na ilha Terceira, a trezentas leguas distante de Lisboa. D. Pedro, seu irmão, governa actualmente, e casou com a cunhada, filha do fallecido principe de Nemours da casa de Saboya. Ella vai ao conselho, e assiste com o marido ás audiencias.

D. Pedro, depois do celebre processo que fez ao irmão para o privar de todos os seus estados até o dar por demente e por impotente, aceitou a mesma mulher, a celebre Saboya, e como esta tinha o tratamento de rainha, D. Pedro julgou que o mesmo throno o fazia successor do titulo de rei; e parecia logico que a deposição perpetua de Affonso o investisse na authoridade real, e o coroasse rei em vez de regente; o titulo de principe não lhe podia competir, nem o de infante, que pouco tempo depois começaram a usar por inaudita usurpação e roubo, e pelo mais atroz anachronismo os filhos segundos d'esta familia de D. João IV.

Ha bastantes annos que eu sahi com este repto aos biographos do author das Saudades: «O meu parecer é que Bernardim, e tambem Bernaldim Ribeiro, ou Bernardim Reinardino Ribeiro, como Faria e Sousa o chama, nem foi governador de S. Jorge da Mina, nem amou a infanta D. Beatriz, nem sahiu da sua terra, para Lisboa, senão depois que ella tinha sahido de Lisboa para Saboya.

E eu, que tinha entrado com animo indisposto para tão solemne colloquio, compenetrei-me de involuntaria sisudeza e compostura como se ali estivesse uma princeza de lista civil, uma genuina vergontea das senhoras Dona Carlota de Bourbon e Dona Maria de Saboya.

O montante era a sua enchada, rapazes, e, a cada enchadada, saía do chão sarraceno agora Santarem, depois Lisboa. Ah! meus amigos, que vida! Aquillo era um lidar continuado! Elle casou com uma princeza de Saboya, a sr.ª D. Mafalda, mas estou em dizer que não foram muitas as noites em que dormio muito bem aconchegado com ella nos seus paços de Coimbra.

O mysticismo procura a conjuncção com o mundanismo; a mulher equilibra-se entre a terra e o céu. Faz-se a Restauração. Os usos e os costumes não se modificam, embora se perceba uma tendencia regressiva para o seculo XVI, até que D. Maria Francisca de Saboya importa para a nossa côrte, as modas, os costumes, os galanteios e em si propria o figurino da corrupção da côrte franceza.

Este desastre não foi precedido de ardentes galanteios e grandes resistencias do pudor vencido pela paixão. D. Maria foi de visita ao paço, onde havia sido dama, como sua mãi D. Violante Henriques o fôra da rainha D. Maria Sophia de Saboya. Viu o marquez que era galan, audaz, e sem ser milagre, fulminou-o com o relampago da formosura. Fugiram e pararam em Tuy. Não foi em Vigo como diz o viajante.

Nada obstante, se os redactores de gazetilhas vissem entrar Bernardim Ribeiro no escriptorio do jornal, vestido de mendigo, como a lenda nol-o pinta á volta de Saboya, roto e esfrangalhado, e se elle lhes dissesse que era o auctor do livro das saudades, os srs. redactores levantar-se-iam respeitosos, curvados e dominados, para offerecer uma cadeira ao grande poeta Bernardim Ribeiro, que devia estar cansado, por vir de longes terras.

Era o seu quarto de solteira, claro e fresco sobre o pomar, onde ainda se conservava o seu leito de linda madeira embutida, um toucador illustre que pertencera á Rainha D. Maria Francisca de Saboya, e o sophá, as cadeiras de casimira clara em que Gracinha bordára, n'um arrastado labor d'annos, o Açor negro dos Ramires.