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Mas se agora que affabil m'escutais, Não ouvirdes cantar com alta tuba O que vos deve o mundo, que dourais; E se os Reis avós vossos, que de Juba Os Reinos debellárão, não ouvis Que nas azas do excelso verso suba; Se não sabem as frautas pastoris Pintar de Toro os campos semeados D'armas e corpos fortes e gentis; Por hum Moço animoso sustentados, Contra o indomito Rei de toda Hespanha, Contra a fortuna vãa e injustos fados: Hum Moço, cujo esfôrço, brio e manha, Do Olympo fez descer o duro Marte, E dar-lhe a quinta esphera, que acompanha; Se não sabem cantar a menor parte Do sapiente peito e grão conselho, Que pôde, ó Reino illustre, descansar-te; Peito, que ao douto Apollo faz, vermelho, Deixar o sacro Monte e as nove Irmãas, Porque a elle se affeitem como a espelho; Saberão bem cantar, em nada vãas, D'Alicuto as contendas e d'Agrario; Hum d'escamas coberto, outro de lãas.

Nasce a luz do luar dos derradeiros, Êrmos, soturnos pincaros sósinhos... Andam sombras no ar e murmurinhos E vagidos de luz... e os Pegureiros Descem, cantando, a encosta dos outeiros... Tangendo amenas frautas amorosas, Seus vultos, no crepusculo, desmaiam E assim como os seus canticos, se espraiam Em ondas de emoção.

Ja por fugir do sol o fogo ardente, As sombras os rebanhos vão buscando; Os tenros cabritinhos juntamente Apos as mansas mães hião saltando; Tangendo as suas frautas docemente Os pastores, estavão enganando A grã chamma solar qu'então ardia; Liso o ardor della não sentia.

Por vezes um canto suave rompia da turba, rufavam tamboris, kinnareths vibravam, frautas desferiam e os cavalleiros alegres faziam caracolar os ginetes, as mulheres punham-se de nos carros olhando as muralhas que se aprumavam ao longe, fechando cidades, cujas casas, em cubos brancos, semelhavam tumulos.

O ar embalsamado pelos perfumes da baunilha e dos laranjaes em flôr, os zagaes tangendo frautas ou dançando na relva com suas pastoras, e ao longe, por entre o fumosinho que ondeia sobre o tecto das cabanas, ao longe, na quebrada do monte, voejando em torno do corucheu da velha ermida em ruinas ellas, as duas, as mysticas amantes do philosopho, as ternas balisas de seu scismar a andorinha e a questão social batendo a aza, abrindo o biquinho e rasgando juntas as amplidões do azul em phantasticos arabescos....

no setestrello dançam nos terreiros, Tamboris e violas, frautas e pandeiros... vejo os noivos, com S. João á espera, N'uma ermida branca revestida d'hera... Ai, dormi, donzellas, ai dormi ao luar, Que no ceo com anjos vos ireis casar... Ai, dormi, creanças! que no azul divino Brincareis alegres com o Deos-menino...

Como não te applacou tão tenra idade Ao cortar do seu fio, ó Parca dura, Que agora o mundo matas de saudade? Deixae, deixae, pastores, a verdura; As frautas deixae ja, e os mansos gados; E chorae todos vossa desventura. E vós, sylvestres Faunos namorados, Tambem chorar podeis, pois ja perdêrão O objecto mais gentil vossos cuidados.

Mas a isto temos duas razões que oppor, a primeira he, que não era possivel que um poeta como Camões, para exprimir cousa tão simples fizesse tal geringonça; a segunda he appresentar o texto como o poeta o escreveo: Se não sabem as frautas pastoris Pintar de Toro os campos semeados D'armas e corpos fortes e gentis,

Neſta freſcura tal deſembarcauão Ia das naos os ſegundos Argonautas, Onde pela floresta ſe deixauão Andar as bellas Deoſas como incautas, Algũas doçes Cytaras tocauão, Algũas arpas, & ſonoras frautas, Outras cos arcos de ouro ſe fingião Seguir os animais, que nam ſeguião.

Zagalejos passavam soprando frautas e o sol, accendendo as camarinhas do orvalho, fazia da paizagem uma extensa scintillação.

Palavra Do Dia

vagabunda

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