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Ainda mais, o movimento liberal, que, entre nós, começou em 1820, deu á Arte portugueza um motivo de ornamentação tão extranho como detestavel, a estatuaria rhetorica, se assim podemos defini-la e que, de logo, começou a animar os nossos terreiros publicos, onde mais ou menos todas as memorias discursam!

Ora, a lista das vias públicas, do Summario, que laboravam o territorio parochial de S. Christovão comporta 9 ruas, 3 travessas, 1 adro, 2 terreiros, 1 beco e 1 arco.

Nas ruas, ás portas das aringas, nos terreiros, por toda a parte se apresentavam soldados, com a cabeça baixa, os escudos e as lanças pousadas aos pés em signal de submissão, que saudavam Ignosi como rei. Assim chegamos á aringa real.

O sol, ainda quasi a prumo, podendo, dardejar os raios por entre as esguias e altas edificações das estreitas ruas, que percorriam, rarefazia o ar, appresentando nos terreiros á vista a illusão de um como doudejar de átomos no ambiente, um tremor que fere os olhos; porém Fernando nada sentia.

no setestrello dançam nos terreiros, Tamboris e violas, frautas e pandeiros... vejo os noivos, com S. João á espera, N'uma ermida branca revestida d'hera... Ai, dormi, donzellas, ai dormi ao luar, Que no ceo com anjos vos ireis casar... Ai, dormi, creanças! que no azul divino Brincareis alegres com o Deos-menino...

De toda esta estatistica de viação, apenas uma rua, a «do Crucifixo», uma travessa, e os dois terreiros se não podem identificar com a actual topographia da parochia . E como naquelle tratado, a disposição das «Ruas», tal qual quem ordenou a lista das vias públicas della as foi escrevendo, nos mostra que se começou do N. para o S. da freguezia, isto é da «Rua das Fontainhas», compartilhada pelas parochias de S. Lourenço e de Santa Justa, para a extrema opposta; para a «Rua do chão dalcamim», segue-se que a «Rua do Crucifixo», por maior que seja o nosso desejo de precisar qual das «duas ruas que vão de S. Christovão para S. Lourenço» era a que habitava, com a sua officina, o tipographo Manoel João, não parece que possa ser a designada, visto como se apresenta na lista parochial após a «Rua do Regedor», isto é, do lado diametralmente opposto á provavel situação daquellas duas ruas.

João não tinha, porém, cursado em vão os estudos em S. Francisco e a eschola pratica de velhacarias dos terreiros, praças e bitesgas da cidade da Virgem, para não achar um expediente bom ou mau com que se sahisse de apuros, momentaneamente que fosse.

Mal a noticia se espalhára, frei Garcia fora ter com Pedro Choca, e causára nas tercenas um alvoroço extraordinario, pintando as cousas o mais feias possivel. Este alvoroço, graças a outros individuos, se tornou contagioso; o temor calou nos animos fracos, e na tarde desse mesmo dia nas ruas, terreiros e praças lamentações não faltavam.

Quem percorrer as tão bem ordenadas listas da viação pública parochial lisbonense, impressas no Summario de Christovão Rodrigues de Oliveira, com as suas tres categorias de becos, ruas e travessas perfeitamente distinctas, e os seus sessenta e dois «Postos que nam sam ruas», onde o auctor, ou os que taes listas organisaram, accommodam os «sitios», os adros das parochias, os arcos, as varandas, os terreiros, ficará de todo illudido, se cuidar que tudo na vida administrativa de Lisbôa se passava com regularidade tão exemplar, em pleno seculo XVI, que todos os habitantes da famosa cidade lhe conheciam as vias públicas, destrinçando-as umas das outras, como hoje o fazemos, por suas exactas denominações e categorias, sem ser preciso designa-las por signaes, ou auxiliar-se de referencias mais ou menos complicadas, para lhes descreverem a marcha itineraria.

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