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«Em todo este negocio vigoram os motivos que tenho expendido em muitos dos meus anteriores officios, e que se reduzem a estarem os interesses de todos contra o pensamento do governo e da legação de S. M. «Do officio do consul geral, junto, se deprehendem muitos factos que não escaparão á fina penetração de v. ex.ª, para entrar, se quizer, no fundo da questão da colonisação» etc.

«Ámanhã, desempedido e solto n'uma questão puramente litteraria, n'um ponto moral ou metaphysico, vê-o-heis enthusiasta d'um brilhante paradoxo, comprazer-se em destruir as idéas recebidas, em ferir as convicções consagradas, e fazendo taboa rasa do criterium publico, pôr os recursos do seu talento ao serviço da sua impressão instantanea

Decididamente o governo do Brazil protegia os desordeiros, e o governo de Portugal recebia tudo isto como a devida satisfação promettida por aquelle a este paiz na gravissima questão do Jurupary. E não contente ainda, decretava mercês honorificas a esses que no Brazil assulavam a populaça contra nossos irmãos! Nunca a corrupção subira tão alto! Nem as deveria fazer porque faria mal ao bispo.

Quando interesses d'esta ordem occupam o espirito e o coração, as exterioridades não passam d'um méro alibi, em que a questão importante é não trahir o drama intimo. E era verdadeiramente um drama que a baroneza de Node observava na physionomia do amante, na qual se denunciavam as alternativas do seu pensamento, agitado pela sua perfida insinuação.

A um paiz corrompido e a uma assembléa senil não occorre esta consideração tão simples: que quando se trata de um stygma de servilismo e de baixeza a questão não é poder transmittil-o, é não dever acceital-o. Organisar pela monarchia a responsabilidade dos que se corrompem é abdicar a faculdade de demittir a corrupção. Os reis quando não enodoam os povos, tambem não lhes tiram as nodoas que elles tenham. N'esses casos o que limpa um paiz não é a realesa. Quereis saber o que é? Pois bem!

Finalmente na questão sujeita restaria uma hypothese a considerar, e que sería o caso de guerra entre as duas nações contratantes.

Mas o meu dono, que era, segundo parece, pratico n'aquelles assedios, tinha tomado as suas precauções, e foi então que eu vi que não era a questão das algibeiras que o inhibia de me resguardar, mas sim tambem uma questão de defeza propria. Eu, malfadada, servia-lhe de escudo! Eu era, para assim dizer, o césto, á sombra do qual o garoto jogava o murro com as paredes.

Em capitulo especial veremos o que é na realidade a democracia na America. Maine toca n'este ponto uma das questões mais graves das democracias as suas relações com a questão social. Crê que desde o momento em que as classes laboriosas conquistem o poder hão-de pelos seus mandatarios exercel-o em proveito d'aquellas mesmas classes.

Mas deve-se, como elles querem, deixar livre plenamente a vontade dos contrahentes? Cuidar-se-ha que tudo isto é mera questão de economia politica: não é verdade. Aqui, mais que tudo, militam questões moraes complicadas e de alto melindre, de interesse quotidiano e universal, questões que enliçam elevadissimos espiritos, e sobre as quaes devemos, por isso, interrogar a Egreja.

E diz-se-nos que eduquemos por educar, e instruamos por instruir; que instituamos cidadãos aptos para todas as fórmas de governo; que ensinemos a ler e escrever e a doutrina christã, e não curemos de mais nada. Todos esses conselhos não chegam a ser absurdos: ficam aquém; na demencia. Educar por educar! Instruir por instruir! ha uma cousa nas obras humanas que tenha em si mesma a sua causa final; é a arte. Tudo o mais tem por objecto a sociedade ou o indivíduo. A educação não é nenhum poema, nenhum quadro, nenhuma partitura: a educação e a instrucção são o acto pelo qual uma geração transmitte a outra os thesouros de progresso moral e intellectual que herdou e augmentou; são uma grande questão social, e é por isso que o estado exerce nellas intervenção tão ampla. Se não fosse assim, a lei que, em todos os paizes cultos, fórça os individuos a receberem na eschola esse baptismo da civilisação, fora tyrannia; fora tyrannia a inspecção do estado na educação livre. Crear cidadãos aptos para todas as fórmas de governo! Mas ha fórmas de governo que vos pedem vassalos, que vos pedem servos, que vos pedem escravos, mas que não vos acceitam cidadãos. Se quereis subministrar-lhes o que elles pedem, fazei-o: nós não queremos. Nós forcejamos para que a geração que vier após nós seja uma nobre raça de homens livres; que odeie, não o reaccionario, que póde estar involutariamente no erro, mas o despotismo e a servidão; queremos affeiçoar uma geração nova rancorosa, mais rancorosa do que nós. Que ensinemos a ler, a escrever, a contar, e a doutrina christã sómente. Ensinae-o, se podeis, a uma creança sem lhe imprimir no espirito, cincoenta, cem, mil vezes mais idéas do que as necessarias para possuir esses elementos de cultura. Metade do que conhece do mundo material e moral a mais vasta intelligencia adquiriu-o na infancia.