United States or Greenland ? Vote for the TOP Country of the Week !


E dir-vos-hei das aves larga historia: As penas, qu'em su'alma se soffrêrão, Nas azas lhes ficárão por memoria; E aquelle altivo e leve movimento Lhes ficou do voar do pensamento. O doce rouxinol e a andorinha, Donde lhes veio o ir-se transformando, Senão do puro amor que o Thracio tinha, Qu'em poupa ainda a amada vai chamando?

Tinha uma índole exaltada, romanesca, que o hábito de realizar todos os caprichos levou a um despotismo singular, de perversão nervosa, de histeria, e ao menor obstaculo, com acessos de chôro e grandes febres. Meu tio era o tutor, e longe de a reprimir, estimulava-a mais, lisonjeando-a, com uma adoração de spleenético alcoólico por aquela andorinha semi-louca.

«No vosso angelico sorriso, ó cara amada, pousou a minha felicidade, que, ha muito, busco, por toda a parte, como andorinha que perdeu o trilho aerio da sua patria, e ficou erma e na região das neves...» Ella não entende isto! exclamou o meu amigo!

«Ordenou o poeta esta fabula de vêr que o rouxinol quasi não tem lingua, e a andorinha ser vestida de preto, e no peito ter umas nodoas vermelhas, e ter o canto triste, como que conta a historia da maldade do marido, e as pennas rôxas como sangue da crueldade que teve em matar o filho em vingança da irmã.

Uma bella manhã, em meado de março, quando abri a janella do meu quarto, ouvi pipilar em cima. Debrucei-me no peitoril, olhei para o beiral, e vi a andorinha, que tinha chegado na vespera, á bocca da noite, emquanto eu andava por fóra. Bem! disse eu comigo sei que tenho d'ir fazer uma visita.

Perguntou quem me tinha dado aquella pulseira tão gentil e quando eu lhe disse que foi uma allemã ella escondeu um lacinho preto, amarello e vermelho que tinha pregado no lado direito com uma andorinha azul de esmalte. Então o senhor é germanophilo? Tambem tenho um pijama de sêda que me deu uma senhora franceza.

Outro tanto succede com a figura angelica da aldeã. Victima do confessionario, cahiu, andorinha ferida, a quem roubam o ninho e os filhos; sedenta de prazer, resvalou no abysmo. Alfredo, se bem que generoso e sympathico, é, todavia, um moço perdido, alucinado pelos vinhos e pelas grandes ceias, incapaz de conceber outros pensamentos que não sejam o da sua indolencia e o do seu bem-estar.

Ah! principe, ella sabe outras ainda mais bonitas! Conhece a Andorinha? a ouviu? Está claro... mas não me lembra... Não... não!... aquella que cantava ha pouco: não quero a Andorinha! Quero aquella tal romança: disse o principe a pedinchar como um pequerrucho. A Zina recommeça a alludida romança. O principe não pode ter mão em si e ajoelha-lhe aos pés a chorar... Oh! minha formosa castellã!

A sua alma eleva-se para o céo; porque vôa tão cedo para cima a nevoa da madrugada, de uma alvura nitente? A andorinha quando parte, vôa na aza da rajada hybernal que a arrebata. Mas o mundo acariciou-a sempre; porque se esconde pois e foge d'elle? Será a reminiscencia viva do foco de luz d'onde saiu, que lhe inspira tamanha anciedade, e lhe abre n'alma uma saudade vivissima, que mata?

Quem soube, na colonia fluctuante dos musicos das ruas, que havia de menos uma andorinha viajeira? Os outros não souberam, porque, tendo por missão voar de terra em terra, não lhes sobra tempo para se demorarem á beira d'um tumulo. Soube-o o consul, e sentiam-n'o Augusta e Giovanni; ninguem mais. A pequenita chorou muito, muito. Giovanni confortou-a como pôde.