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Oh canto pela noite, em prantos marulhado, Memoria em cujo olor ha mortas primaveras, Pelos astros, o Espaço cadenciado, Ungido pela benção das Esferas, Falas da minha raça, dos profetas Invectivando o Mar, De moiros pela areia, cujas setas Eram menos mortiferas que o olhar! Oh rithmo das oitavas Nas veias do meu sangue a tumultuar! Oh lyra de Camões, accordes de ondas bravas!
Quem me déra encontrar o verso puro, O verso altivo e forte, extranho e duro, Que dissesse, a chorar, isto que sinto!! *Lágrimas ocultas* Se me ponho a scismar em outras éras Em que ri e cantei, em que era qu'rida, Parece-me que foi noutras esféras, Parece-me que foi numa outra vida...
Cantar o que êle revolve, e amolda, impregna, Alastra e expande em vibrações: Subtilisado, sucessivo perpétuo ao Infinito!... Que calótes suspensas entre ogivas de ruínas, Que triangulos sólidos pelas naves partidos! Que hélices atrás dum vôo vertical! Que esferas graciosas sucedendo a uma bola de ténnis!
Já da Aurora ao clarão suave, e puro Cedia o campo azul do immenso espaço D'estrellas recamada a noite umbrosa; Nuncia do dia, ás lucidas esferas, Da luz primeira undulações mandava.
Quaes vemos entre nós do Sena os monstros, Que vem das artes derrubando os Templos; Vem do gelado, tenebroso Arcturo Bando, de morte, e de ignorancia armado, Apenas ficão gárrulas escólas, Que hum só busto não tem no eterno Templo, Té que dos gelos de Sarmacia surge Copérnico immortal, este o primeiro Que alli se manifesta, alli fulgura Entre os astros envolto, entre as esferas: Vio Sol immobil, vio rodar a Terra, E apenas o immortal pasmoso escrito, Ao respeito dos seculos entrega, O templo augusto da sciencia todo De protentosos sabios se povôa.
Atravessando regiões austeras, Cheias de noite e cava escuridão, Como num sonho mau, só oiço um não Que eternamente echôa entre as esféras... Porque suspiras, porque te lamentas, Cobarde coração? Debalde intentas Oppôr á Sorte a queixa do egoísmo... Deixa aos timidos, deixa aos sonhadores A esperança van, seus vãos fulgores... Sabe tu encarar sereno o abismo!
Palavra Do Dia
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