United States or Mongolia ? Vote for the TOP Country of the Week !


O amor da litteratura, este amor que nós, em Portugal, por ouvirmos fallar d'elle, conhecemos incompletamente, amor que absorve, que encanta, que allucina e que mata por fim como matou Flaubert, como matou Julio de Goncourt, como matou Balsac, como é muito provavel que mate brevemente Daudet o amor da litteratura respira-se n'estas cartas com um perfume subtil que as embalsama, e que as impregna admiravelmente.

Ha almas impiedosas, abysmo de odios violentos e de paixões profundas, que, no momento em que se realisa a ventura por largo tempo sonhada, se deixam, todavia, subjugar por estranho sentimento de benevolencia; n'outras, porém, a perversidade é singular genero de fome que quanto mais damno causa mais appetece, é lodaçal que até entre formosas paizagens impregna a atmosphera de miasmas pestiferos.

O perfume camoeano que o impregna deliciosamente, a tristeza dulcissima, que elle respira, e a melancolica circumstancia de ser o ultimo que cahio, como uma perola solta, da lyra quasi partida do poeta moribundo. Eis o soneto: Na quadra azul da mocidade, a gente Parte rindo e cantando, estrada fóra, Gorgeia a cotovia em cada aurora, Suspira á noite o rouxinol dolente. Ai!

Cantar o que êle revolve, e amolda, impregna, Alastra e expande em vibrações: Subtilisado, sucessivo perpétuo ao Infinito!... Que calótes suspensas entre ogivas de ruínas, Que triangulos sólidos pelas naves partidos! Que hélices atrás dum vôo vertical! Que esferas graciosas sucedendo a uma bola de ténnis!

Palavra Do Dia

sentar-nos

Outros Procurando